Quatro carretas serão carregadas por dia e a previsão é que a entrega seja concluída em 15 de janeiro
No final do ano passado, a vice-governadora da Paraíba, Lígia Feliciano, participou no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, da solenidade de assinatura do termo de cessão de uso não onerosa de bombas que vão viabilizar a antecipação da chegada da água do Projeto de Integração do Rio São Francisco aos estados da Paraíba e de Pernambuco. O documento foi assinado pelo ministro da Integração Nacional Helder Barbalho e pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disponibilizou ao Ministério da Integração Nacional quatro conjuntos de motobombas e outros equipamentos da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) para antecipar a chegada da água do Rio São Francisco aos estados da Paraíba e de Pernambuco
Os veículos vão carregar 1.800 metros de tubulação (dividida em 150 segmentos de 12 metros), quatro conjuntos de bombas flutuantes, 1.360 metros de cabos, quatro motores (sendo dois reservas) e outros equipamentos elétricos. A previsão é que a entrega seja concluída em 15 de janeiro.
Os equipamentos usados no período crítico da crise hídrica para retirar água da reserva técnica do sistema Cantareira-SP – o chamado “volume morto” – serão emprestados ao governo federal para bombear água do rio São Francisco, como forma de acelerar a chegada da água em Campina Grande.A cessão temporária dos equipamentos pelo período mínimo de 120 dias, com possibilidade de prorrogação.
A Sabesp prestará o apoio técnico necessário para a instalação das bombas no reservatório de Braúnas, que integra o eixo leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco. De lá, a água captada seguirá para a represa de Mandantes, no mesmo município pernambucano, chegando a Monteiro, primeira cidade paraibana a ter o abastecimento reforçado, com cerca de 30 mil habitantes.
De acordo com previsão do Ministério da Integração Nacional, o uso das bombas flutuantes deve antecipar em até 25 dias a chegada da água a Monteiro e, na sequência, a Campina Grande, o segundo município mais populoso da Paraíba, com cerca de 400 mil habitantes, que será um dos mais beneficiados. O Estado da Paraíba é um dos mais atingidos pelo quinto ano de seca que afeta o Nordeste.