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Fim do racionamento se deve à chegada da água do eixo Leste do projeto de integração e transposição da água do Rio São Francisco ao açude de Boqueirão

Durante reunião do Comitê de Gestão de Recursos Hídricos (CGRH) do Ministério Público da Paraíba (MPPB), na tarde desta segunda-feira (10), o secretário executivo da Secretaria Estadual da Infraestrutura, Recursos Hídricos, do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia, Deusdete Queiroga Filho, disse que a expectativa do governo do estado é a de que a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) suspenda no dia 20 de junho o racionamento de água em Campina Grande e em mais 18 municípios do Compartimento da Borborema.

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O fim do racionamento se deve à chegada da água do eixo Leste do projeto de integração e transposição da água do Rio São Francisco ao açude de Boqueirão. “Se nenhum imprevisto ou problema técnico ocorrer, no final de junho interromperemos o racionamento”, afirmou o secretário.

Na manhã desta segunda-feira, técnicos da Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa) registraram que a água da transposição, que chegou à Paraíba pelo município de Monteiro no dia 6 de março, já estava passando pela comunidade Luciano (ex-comunidade Bolão), no município de São Domingos do Cariri, a 182 km de João Pessoa. “De Monteiro a Boqueirão, as águas percorrerão um total de 152 quilômetros. E na manhã desta segunda-feira só faltavam 28,2 quilômetros para essas águas se encontrarem com as águas do Açude de Boqueirão”, completou o diretor-presidente da Aesa, João Fernandes da Silva.

Já a partir deste domingo (16), segundo Deusdete Queiroga, a Cagepa deverá manter diariamente o bombeamento de água para abastecer o município de Campina Grande. “Com a chegada das águas, o bombeamento será nos sete dias da semana. Isso possibilitará termos apenas três dias de racionamento e quatro dias com abastecimento de água”, comemorou o secretário, destacando que, em trinta dias, Boqueirão deverá ter acumulado 13 milhões de metros cúbicos de água a mais.

Mobilização

A reunião do Comitê de Gestão de Recursos Hídricos desta segunda-feira ocorreu na sede do MPPB em Campina Grande. Foram convidados os promotores de Justiça, presidentes de Câmaras de Vereadores e prefeitos dos municípios de Campina Grande, Monteiro, Congo, Caraúbas, São Domingos do Cariri, Barra de São Miguel, Cabaceiras e Boqueirão. O objetivo do encontro técnico foi o de dar continuidade às mobilizações e discussões em torno das obras complementares do projeto de integração e transposição da água do Rio São Francisco na Paraíba.

Monitoramento

“Esta reunião teve como foco os esclarecimentos do que efetivamente vem acontecendo com o transcurso das águas no leito do Rio Paraíba desde o momento da inauguração, ocorrida no início do mês de março”, esclareceu o procurador-geral de Justiça, Bertrand de Araújo Asfora. “O Ministério Público tem feito o acompanhamento de todo o processo e pretendemos fazer o monitoramento permanente. Vamos fiscalizar todos os processos”.

O diretor-presidente da Aesa, João Fernandes, garantiu que desde o dia 6 de março deste ano o estado tem intensificado a fiscalização na obra (na calha do Rio Paraíba) e fazendo o cadastramento de usuários. De acordo com ele, duas equipes da Aesa estão trabalhando na fiscalização e no cadastramento e uma terceira equipe atua no acompanhamento da ‘caminhada’ da água do São Francisco rumo ao açude de Boqueirão.

“Já foram cadastrados 236 usuários potenciais às margens do Rio Paraíba e já fizemos 39 autuações”, adiantou João Fernandes, informando que nove plataformas foram instaladas ao longo do Rio Paraíba para fazerem a medição da vazão da água. “Enquanto o povo não entender o valor da água, não teremos segurança hídrica”, alertou o diretor-presidente da Aesa. “Temos que lembrar que as águas do São Francisco são para atender ao consumo humano e animal. Somente o excedente, em caso de chuva, é que será disponibilizado para a irrigação”, completou o secretário Deusdete Queiroga.

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