Fim do racionamento se deve à chegada da água do eixo Leste do projeto de integração e transposição da água do Rio São Francisco ao açude de Boqueirão
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O fim do racionamento se deve à chegada da água do eixo Leste do projeto de integração e transposição da água do Rio São Francisco ao açude de Boqueirão. “Se nenhum imprevisto ou problema técnico ocorrer, no final de junho interromperemos o racionamento”, afirmou o secretário.
Na manhã desta segunda-feira, técnicos da Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa) registraram que a água da transposição, que chegou à Paraíba pelo município de Monteiro no dia 6 de março, já estava passando pela comunidade Luciano (ex-comunidade Bolão), no município de São Domingos do Cariri, a 182 km de João Pessoa. “De Monteiro a Boqueirão, as águas percorrerão um total de 152 quilômetros. E na manhã desta segunda-feira só faltavam 28,2 quilômetros para essas águas se encontrarem com as águas do Açude de Boqueirão”, completou o diretor-presidente da Aesa, João Fernandes da Silva.
Já a partir deste domingo (16), segundo Deusdete Queiroga, a Cagepa deverá manter diariamente o bombeamento de água para abastecer o município de Campina Grande. “Com a chegada das águas, o bombeamento será nos sete dias da semana. Isso possibilitará termos apenas três dias de racionamento e quatro dias com abastecimento de água”, comemorou o secretário, destacando que, em trinta dias, Boqueirão deverá ter acumulado 13 milhões de metros cúbicos de água a mais.
Mobilização
A reunião do Comitê de Gestão de Recursos Hídricos desta segunda-feira ocorreu na sede do MPPB em Campina Grande. Foram convidados os promotores de Justiça, presidentes de Câmaras de Vereadores e prefeitos dos municípios de Campina Grande, Monteiro, Congo, Caraúbas, São Domingos do Cariri, Barra de São Miguel, Cabaceiras e Boqueirão. O objetivo do encontro técnico foi o de dar continuidade às mobilizações e discussões em torno das obras complementares do projeto de integração e transposição da água do Rio São Francisco na Paraíba.
Monitoramento
“Esta reunião teve como foco os esclarecimentos do que efetivamente vem acontecendo com o transcurso das águas no leito do Rio Paraíba desde o momento da inauguração, ocorrida no início do mês de março”, esclareceu o procurador-geral de Justiça, Bertrand de Araújo Asfora. “O Ministério Público tem feito o acompanhamento de todo o processo e pretendemos fazer o monitoramento permanente. Vamos fiscalizar todos os processos”.
O diretor-presidente da Aesa, João Fernandes, garantiu que desde o dia 6 de março deste ano o estado tem intensificado a fiscalização na obra (na calha do Rio Paraíba) e fazendo o cadastramento de usuários. De acordo com ele, duas equipes da Aesa estão trabalhando na fiscalização e no cadastramento e uma terceira equipe atua no acompanhamento da ‘caminhada’ da água do São Francisco rumo ao açude de Boqueirão.
“Já foram cadastrados 236 usuários potenciais às margens do Rio Paraíba e já fizemos 39 autuações”, adiantou João Fernandes, informando que nove plataformas foram instaladas ao longo do Rio Paraíba para fazerem a medição da vazão da água. “Enquanto o povo não entender o valor da água, não teremos segurança hídrica”, alertou o diretor-presidente da Aesa. “Temos que lembrar que as águas do São Francisco são para atender ao consumo humano e animal. Somente o excedente, em caso de chuva, é que será disponibilizado para a irrigação”, completou o secretário Deusdete Queiroga.