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O réu Allex Aurélio Tomás dos Santos foi condenado a 26 anos de prisão, em regime fechado, por matar a jovem Vivianny Crisley no dia 20 de outubro, em Santa Rita.

Jobson Barbosa da Silva Júnior e Fágner das Chagas Silva, que também iriam a júri popular nesta quarta-feira, tiveram o julgamento adiado porque mudaram os defensores públicos por advogados particulares.

O júri popular aconteceu nesta quarta-feira (28), no Fórum de Santa Rita. A Defensoria Pública informou que não vai recorrer da decisão.

‘Mataram por vontade de matar’, diz promotor sobre acusados de assassinar Vivianny
‘Na dúvida, absolve-se’, diz defesa de acusado de matar Vivianny Crisley
O júri considerou todos os crimes levantados pelo Ministério Público – homicídio duplamente qualificado, sequestro, ocultação de cadáver e furto qualificado pelo concurso de pessoas.

Allex vai permanecer preso no Complexo Penitenciário Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes, o PB1, em João Pessoa.
A sentença foi lida por volta das 20h30 pela juíza Lilian Frassinetti Correia Cananea.
O Ministério Público pediu a condenação de Allex por homicídio duplamente qualificado, sequestro, ocultação de cadáver e furto qualificado pelo concurso de pessoas.

Segundo o promotor de Justiça Márcio Gondim, eles “mataram por vontade de matar” e “por motivo desproporcional, desmedido”.
Para a promotoria, Vivianny foi golpeada no pescoço e na cabeça com uma chave de fenda pequena e com outra ferramenta maior, uma chave-estrela.

Tudo isso dentro do carro, porque ela queria ir embora. Em seguida, os criminosos a levaram para outro lugar, jogaram a gasolina de uma moto por cima do corpo e, junto com um pneu de bicicleta, atearam fogo.

Defensora pública diz que não há provas que garantam que Allex Aurélio matou Vivianny Crisley,
A tese da defesa era que não havia provas periciais de que Allex de fato matou Vivianny.

Além disso, ela defendia que a forma que a jovem foi morta não foi cruel. “A perícia concluiu que a ação do fogo ocorreu depois da morte.

Não há como utilizar o fogo como um meio cruel para matar a vítima porque não foi o fogo que matou a vítima. O que matou a vítima foram os golpes do Junior”, declarou a defensora pública Neide Vinagre.

Para a defensora, no dia do crime, Vivianny estava na presença dos acusados por vontade própria. “Quem quiser, observe o processo desde o início e verifique se tem provas de que Vivianny foi forçada a sair dali com eles”, disse.
Entenda o caso
Vivianny Crisley passou cerca de três semanas desaparecida, desde que foi vista saindo de um bar na Zona Sul de João Pessoa em 20 outubro de 2016.

A confirmação de que um corpo achado no dia 7 de novembro carbonizado, em uma mata em Bayeux, na Grande João Pessoa, era de Vivianny foi feita no dia 14. Dois suspeitos foram presos no Rio de Janeiro e outro na Paraíba.

À época em que foram presos e ouvidos, um dos suspeitos confessou que Vivianny Crisley foi morta porque começou a gritar após pegar uma carona com os três homens na saída do bar, segundo versão de um dos acusados, Allex Aurélio Tomás dos Santos, o primeiro a ser preso.

A vendedora de 29 anos foi morta com vários golpes de chave de fenda e teve o corpo queimado com ajuda de gasolina e um pneu, segundo perícia do Instituto de Polícia Científica (IPC).

Suspeitos da morte de Vivianny Crisley chegaram em João Pessoa no dia 22 de novembro de 2016.
A dupla presa na no dia 21 de novembro de 2016 no Rio de Janeiro, Jobson Barbosa da Silva Júnior, conhecido como Juninho, e Fágner das Chagas Silva, apelidado de Bebé, contou versões semelhantes do caso, mas contraditórias com a que foi dada por Allex no início das investigações.

Segundo eles, o trio conheceu Vivianny na noite do crime, no bar em que eles estavam e de onde saíram de carro para procurar outro lugar onde encerrar a noite.

Como não acharam outro bar aberto, foram para a casa de Juninho, em Bayeux, próximo ao local onde o corpo de Vivianny foi encontrado.

Segundo os próprios suspeitos, Juninho e Allex entraram na residência, enquanto Vivianny e Bebé ficaram dentro do carro.
Juninho e Allex voltaram com as chaves de fenda e atacaram Vivianny, tiraram gasolina de uma moto, colocaram um pneu de bicicleta em cima do corpo e atearam fogo.

Outra contradição apontada pela polícia no depoimento de Allex é que ele informou ter voltado ao local onde o corpo estava no dia seguinte para tocar fogo no carro usado no crime, que era roubado.

Allex disse que foi até o local com um quarto homem, que chegou a ser preso, mas depois a polícia identificou que essa informação não procedia e que ele fez tudo sozinho.

Por isso, o delegado vai pedir que a prisão desse quarto homem seja revogada.
De acordo com os depoimentos dos três, a motivação do crime foi mesmo o fato dela ter gritado dentro do carro e ficar ‘perturbando’ o trio para ir para casa.

(Foto: Joana Rosa/Jornal da Paraíba)

G1 Paraiba

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