Rádio O Dia PB

Compartilhe as últimas notícias do Brasil!

A pesar dos 34 casos de pacientes que relatam que foram feridos por agulhas durante o São João 2018, notificados pelo Hospital de Trauma de Campina Grande até esta sexta-feira (15), a Polícia Civil e a Secretaria de Saúde do município afirmam que não há como confirmar se as vítimas foram realmente feridas por agulhas. Os casos estão sendo investigados desde a última segunda-feira (11).

Segundo a Polícia Civil, das 34 pessoas que procuraram atendimento médico, 16 já foram ouvidas na delegacia, até a tarde desta sexta-feira. Mas, de acordo com o delegado seccional da Polícia Civil em Campina Grande, Henry Fábio, apenas duas delas relataram que viram um objeto semelhante a agulha após sentir o ferimento. Dessas duas pessoas, apenas uma se mostrou disposta a dar andamento ao processo, caso o suspeito seja identificado.

O delegado Henry Fábio, que está à frente da investigação, disse que existem casos em que as pessoas sentem uma pequena “picada” e, por medo de ser uma seringa contaminada, procuram o Hospital de Trauma, mesmo sem ter certeza do que aconteceu.

Ele também destacou que alguns relatos não chegam nem a ser de um furo por agulha, mas sim pequenos arranhões que, segundo ele, podem ocorrer de outra forma no meio do público no Parque do Povo.

“Das pessoas que ouvimos, apenas duas disseram que sentiram a dor e em seguida viram algo parecido com agulha, mas não identificaram os agressores. Há casos em que as pessoas foram pro Parque do Povo e dias depois viram algum tipo de ferimento no corpo e, por medo, foram ao hospital, mesmo sem ter a certeza do que havia acontecido”, destaca Henry Fábio.

Outra dificuldade apontada na investigação do caso é que, segundo a Secretária de Saúde de Campina Grande, Luzia Pinto, mesmo que o atendimento médico seja imediato, não é possível comprovar que o ferimento foi uma perfuração de agulha.

“O furo de uma agulha é muito pequeno, então pode ser confundido com uma picada de inseto, por exemplo”, disse Luzia Pinto.

A secretária também destacou que em um dos casos, em que o paciente precisou levar pontos no ferimento, ela acredita que pode ter sido um objeto maior, como um espeto, tendo em vista que a agulha não seria suficiente para causar aquele tipo de ferimento.

O delegado Henry Fábio também disse que muitas vítimas que estão procurando o Hospital de Trauma de Campina Grande não estão procurando a Polícia Civil para prestar queixa e que, mesmo quando são intimadas a prestar depoimento, não querem.

Fonte: g1pb

Comentários

comments