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Temer havia ignorado pedido inicial do Ministério Público, mas mudou de ideia após receber ofício que dizia que ele poderia ser responsabilizado caso não afastasse dirigentes

O presidente Michel Temer determinou, nesta terça-feira (16), o afastamento de quatro vice-presidentes da Caixa Econômica Federal por 15 dias. Temer atendeu a pedido do Ministério Público Federal e do Banco Central de afastar os executivos, que são investigados por corrupção. Os dirigentes terão as duas semanas para apresentar suas defesas. A determinação foi feita ao presidente da Caixa, Gilberto Occhi, e ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

São alvo de investigações do Ministério Público Federal e do próprio banco quatro vice-presidentes: Deusdina dos Reis Pereira (Fundos de Governo e Loterias), Roberto Derziê de Sant’Anna (Governo), José Henrique Marques da Cruz (Clientes, Negócios e Transformação Digital) e Antônio Carlos Ferreira (Corporativo). Eles são citados nas operações Sépsis, Cui Bono? e Patmos, conduzidas pelo Ministério Público em Brasília.

A decisão foi tomada após a Procuradoria da República no Distrito Federal enviar novo ofício a Temer advertindo que, se não afastasse os quatro dirigentes até o próximo dia 26, ele poderia ser responsabilizado na Justiça caso surgissem novos indícios de crimes.

Essa foi a segunda recomendação do Ministério Público. Em dezembro, os procuradores pediram o afastamento dos vice-presidentes após apontar a “existência de diversas figuras proeminentes na administração da CEF em casos investigados e/ou alvos de investigações”. Com o apoio do Planalto, a Caixa rejeitou a solicitação e manteve os investigados no cargo.

Os vice-presidentes são suspeitos de auxiliar o grupo do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e do ex-ministro Geddel Vieira Lima a viabilizar operações do banco nas quais, segundo os investigadores, houve pagamento de propina.

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Fonte: Congresso em Foco

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