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O presidente Jair Bolsonaro escolheu nesta 6ª feira (3.jul.2020) Renato Feder para ser o novo ministro da Educação. Feder é secretário de Educação do Paraná no governo de Ratinho Júnior (PSD-PR).

Feder tem mestrado em Economia pela USP (Universidade de São Paulo) e graduação em administração pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), segundo o seu perfil no portal da Secretaria de Educação no Paraná. A nomeação foi anunciada pela deputada Bia Kicis (PSL-DF), aliada de Bolsonaro, em seu perfil no Twitter.

Reprodução

NOVO MINISTRO DOOU R$ 123 MIL PARA CAMPANHA DE JOÃO DORIA

O novo chefe do Ministério da Educação foi 1 dos maiores doadores da campanha do então candidato à Prefeitura de São Paulo, João Doria (PSDB), em 2016.

De acordo com o portal Divulgacand, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Feder deu R$ 120 mil do próprio bolso ao tucano, que hoje é adversário político de Bolsonaro.

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ANTECESSOR DUROU 5 DIAS

Feder vai suceder o ex-ministro Carlos Alberto Decotelli da Silva, que pediu demissão 5 dias depois de assumir no cargo, por causa de uma série de inconsistências curriculares. Bolsonaro afirmou a apoiadores na 5ª feira (2.jul) que “deu problema com o Decotelli”.

Decotelli foi questionado por eventual plágio na dissertação de mestrado. O doutorado e pós-doutorado dele foram colocados em dúvida pelas universidades da Argentina e Alemanha, respectivamente. Por fim, a FGV (Fundação Getúlio Vargas) informou numa nota que o então ministro não tinha sido professor da instituição.

O ex-ministro é da reserva da Marinha. Ele presidiu o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) de fevereiro a agosto de 2019. Nesse período, a CGU (Controladoria Geral da União) apontou suspeita de irregularidades em uma licitação de R$ 3 bilhões, que foi cancelada pelo seu sucessor.

Desde que foi escolhido para comandar o Ministério da Educação na última 5ª feira (25.jun.2020), vários questionamentos sobre seu passado surgiram. Eis abaixo uma relação:

Agora ex-ministro, Decotelli afirmou ao Poder360 que a FGV fez uma “covardia moral” e 1 “linchamento”. Ele disse: “Se a FGV não tivesse me destruído, eu estaria agora trabalhando no MEC e ajudando o presidente Bolsonaro.

Decotelli afirmou que o presidente Jair Bolsonaro queria mantê-lo no cargo, apesar das inconsistências curriculares. A pá de cal foi a nota da FGV.

Decotelli embarcou nesta 4ª feira (1º.jul) em 1 voo da Azul de Brasília a Campinas (SP). No aeroporto de Viracopos, onde fez conexão para Curitiba, onde mora, falou ao Poder360. Disse que a nota da FGV é “uma traição”.

REUNIÃO COM BOLSONARO

Feder teve reunião com Bolsonaro no último dia 23. O encontro foi no Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo, fora da agenda oficial.

Naquela ocasião, Feder fazia parte do governo de Ratinho Júnior (PSD-PR). O PSD do governador do Paraná é presidido pelo ex-ministro Gilberto Kassab e ganhou espaço no governo federal. É 1 dos partidos do chamado “Centrão” –grupo de siglas mais alinhadas pelo interesse em cargos do que por afinidade ideológica.

Kassab foi ministro das Comunicações no governo do ex-presidente Michel Temer. O presidente Jair Bolsonaro recriou a pasta neste mês e entregou o comando dela ao então deputado federal Fábio Faria, do mesmo partido, genro de Sílvio Santos, dono do SBT.

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