O governador de São Paulo, João Doria (PSDB) afirmou à imprensa, durante entrega de 2 milhões de doses da CoronaVac ao Ministério da Saúde, que há uma limitação determinada pelo governo da China por conta das constantes manifestações “inapropriadas, inadequadas e inoportunas” do governo brasileiro.
Disse que reconhece o esforço diplomático do Carlos França, ministro das Relações Exteriores, mas criticou as falas do presidente Jair Bolsonaro.
“A cada vez que há um esforço do Ministério e do ministro das Relações Exteriores, Carlos França, há um esforço contrário em manifestações conduzidas e lideradas pelo próprio presidente da república, o que torna tudo mais difícil”, afirmou Doria durante entrevista nesta 2ª feira (10.mai).
Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, reforçou a ideia e disse que “O que acontece é que não ocorre uma liberação para exportação por parte do governo [da China] e isso que causa um atraso” e que não há nenhum problema com o contrato nem com a produção de insumos em Pequim.
Covas espera que até dia 18 de maio, os insumos sejam liberados para a fabricação das novas doses da CoronaVac. Se não ocorrer a entrega, haverá um atraso no cronograma de vacinas.
ENTREGA DE 2 MILHÕES DE DOSES
O governador acompanhou, na manhã desta 2ª feira, a entrega de mais 2 milhões de doses da CoronaVac produzidas pelo Instituto Butantan ao PNI (Programa Nacional de Imunização) do governo federal. O Butantan já entregou 45 milhões e 112 mil doses ao Ministério da Saúde.
A comitiva do governo do Estado acompanhou a saída de caminhões que levam o carregamento com vacinas até o centro logístico do Ministério da Saúde em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo.
Na próxima 4ª feira (12.mai) entregará mais 1 milhão de doses da vacina, completando o 1º contrato com o Ministério da Saúde.
São Paulo recebe nesta 2ª feira, 450 mil doses da CoronaVac, então não haverá paralisação no Estado do PNI.
Poder 360