Um levantamento feito pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) mostrou que o Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea) realiza pelo menos 700 partos por mês, além de outros procedimentos, sendo que deste número quase 65% dos atendimentos não são pacientes de Campina Grande, e sim de outros municípios pactuados com a maternidade.
A informação é do vice-presidente do CRM, Antônio Henriques. Ele destacou que é necessário que os poderes públicos façam algo para minimizar o caso e superlotação do Isea.
– Verificamos que em torno de 58% dos nascimentos da Paraíba ocorrem em Campina Grande e João Pessoa, com um diferencial: na Grande João Pessoa existem seis maternidades públicas em funcionamento, e aqui na região, há apenas o Isea, e por isso o alto índice de superlotação. Com isso, verificamos que o instituto é tão vítima da falta de estruturação e de organização da rede, quanto as pacientes que se deslocam centenas de quilômetros para terem seus filhos aqui – disse.
Antônio ainda disse que é preciso que o governo do Estado tenha uma maternidade em funcionamento em Campina Grande, ou região, para desafogar o Isea.
– Em um município como Patos, com uma população menor, tem quatro hospitais estaduais e Campina tem apenas um do Estado, mas que não faz atendimento materno na área de obstetrícia. Peço a Deus todos os dias para que tenhamos uma solução para o problema. Vivemos recebendo denúncias de superlotação na maternidade, mas muito pouco tem sido feito. A Prefeitura de Campina Grande tem feito um grande esforço, mas por mais que faça não vai ser suficiente. Os outros entes devem chamar para si a responsabilidade e que o Estado faça o seu papel e tome para si as rédeas da situação – ressaltou.
Fonte: ParaibaOnline