O decreto de situação de emergência, publicado nesta sexta-feira, 10, pela Prefeitura de Campina Grande, vai garantir que os moradores da zona rural do município continuem sendo atendidos pela Operação Carro-Pipa. De acordo com dados da Defesa Civil, atualmente, os efeitos da estiagem afetam mais de 30 mil pessoas na Rainha da Borborema, correspondendo a cerca de 90% da população da zona rural do município.
Executada pelo Exército, a Operação Carro-Pipa é fundamental para os moradores da zona rural campinense, uma vez que existem localidades onde a água da Cagepa não chega para a população, que só tem acesso a água potável através desta iniciativa do governo municipal.
“Mesmo tendo tido chuva, a necessidade do fornecimento da água própria para consumo existe e precisa ser realizado de forma regular, por isso o decreto para garantir a água para a população abastecida por carro pipa”, explicou o gerente de Operações da Defesa Civil, Rodolfo Emanuel Rodrigues Cabral.
Como Campina Grande é contemplada pela Operação Carro-Pipa, tem que cumprir uma série de exigências do Governo Federal, como por exemplo, decretar situação de emergência por conta da estiagem a cada 180 dias. Como o decreto anterior se vencia no neste mês de maio, foi necessário renová-lo para os próximos seis meses.
“Garantir esse a continuidade desse abastecimento vai fazer toda a diferença no cotidiano das famílias da zona rural. Estamos trabalhando com três carros-pipa. Em média, fazemos 15 abastecimentos por semana. O decreto vai permitir que esse trabalho não seja interrompido.”, disse o coordenador da Defesa Civil, Regis Cavalcante.
Outras exigências importantes são a apresentação de um plano de contingência, um plano de chamada de pipeiros e também a realização de reuniões frequentes com o órgão federal competente para apresentar as ações que foram desenvolvidas pelo município.
Um detalhe importante que também expõe a necessidade da manutenção da operação no município são as chuvas irregulares na região, uma vez que mesmo que haja precipitações no período vigente do decreto, elas não conseguem atender toda a população rural da cidade, que depende do abastecimento dos carros-pipas.
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