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Dois presos, um deles vereador, na operação Xeque-Mate foram soltos na noite de segunda-feira (23) após conversão das prisões preventivas em medidas cautelares pelo desembargador João Benedito da Silva, relator do processo.

Com a decisão, o vereador Rosildo Pereira de Araújo Júnior (Júnior Datele) e Gleuryston Vasconcelos Bezerra Filho, servidor da câmara, voltam à liberdade condicional, mas permanecem afastados dos cargos públicos.

No dia 3 de abril, Leto Viana (PRB), prefeito de Cabedelo e mais cinco vereadores foram presos durante a operação Xeque-Mate, da Polícia Federal e do Ministério Público da Paraíba.

A operação tem como objetivo desarticular um esquema de corrupção na administração pública no município da Grande João Pessoa. Foram cumpridos 11 mandados de prisão preventiva, 15 sequestros de imóveis e 36 de mandados busca e apreensão

ENTENDA COMO A ‘XEQUE-MATE’ DERRUBOU PREFEITO E VEREADORES DE CABEDELO

Além dos mandados, a Justiça havia decretado afastamento cautelar do cargo de 85 servidores públicos, incluindo o prefeito e o vice-prefeito de Cabedelo, e o presidente da Câmara Municipal. Todos os 11 alvos de mandados de prisão foram detidos na ocasião da deflagração da Xeque-Mate.

No caso dos dois vereadores soltos, o relator do processo determinou o recolhimento domiciliar das 22h às 6h do dia seguinte, não se ausentar dos limites das comarcas de Cabedelo e João Pessoa sem autorização judicial, devendo, em casos de necessidade de urgência, comunicar, posteriormente, no prazo de 48 horas; e não frequentar bares, casas de jogos de azar, casas de shows e teatros.

Júnior Datele e Gleuryston Vasconcelos estavam recolhidos no 5º Batalhão da Polícia Militar, por determinação do relator, desde o dia 3 de abril. Conforme dados da investigação informados no processo, Júnior Datele é suspeito de capitanear o esquema de distribuição de propinas entre os vereadores da base aliada do prefeito Leto Viana, assim como participar do esquema de desvio de dinheiro dos salários de servidores ‘fantasmas’ e de uma possível prática de lavagem de dinheiro.

Gleuryston Vasconcelos, por sua vez, é suspeito de ser o operador financeiro do vereador Júnior Datele e, em tese, o responsável por operacionalizar os desvios mensais de recursos da folha salarial, de acordo com o processo.

Confira a lista dos envolvidos que segue presos
Wellington Viana Franca (Leto Viana) – Prefeito
Jacqueline Monteiro Franca (PRP), esposa de Leto – Vereadora e vice-presidente da Câmara
Lúcio José do Nascimento Araújo (PRP) – vereador e presidente da Câmara
Tércio de Figueiredo Dornelas Filho (PSL) – vereador
Antônio Bezerra do Vale Filho, “Antônio do Vale” (PRP) – vereador
Marcos Antônio da Silva dos Santos
Inaldo Figueiredo da Silva
Adeildo Bezerra Duarte
Leila Maria Viana do Amaral
O que é a operação?
A operação Xeque-Mate tem o objetivo de desarticular um esquema de corrupção na administração pública de Cabedelo, na Grande João Pessoa, mais precisamente na Câmara Municipal e na Prefeitura. A ação foi coordenada pela Polícia Federal, em conjunto com o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba.

Delação deflagrou ‘Xeque-Mate’
A operação Xeque-Mate foi desencadeada a partir de uma colaboração premiada do ex-presidente da Câmara de Cabedelo, Lucas Santino. O parlamentar teria procurado a PF espontaneamente e, por não ter acesso a provas, a investigação foi iniciada. Ao ex-vereador Lucas Santino foi oferecida a extinção da pena de alguns crimes. Ele informou à Polícia Federal que o prefeito de Cabedelo forçou uma CPI para atrapalhar o trabalho do ex-presidente da Câmara. Ele confessou à PF que cometeu os crimes apontados na CPI, mas alegou que outros foram cometidos por colegas.

Prefeito chefe do esquema
O prefeito afastado e preso de Cabedelo, Leto Viana (PRP), foi identificado como líder da organização criminosa. O coordenador do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba, Octávio Paulo Neto, afirmou que Leto coagia os vereadores para tomarem decisões que ele quisesse.

Leto Viana determinava as ordens a serem seguidas e os demais agentes políticos seguiam. Para coagir os vereadores e manter a Câmara sob seu poder, Leto Viana exigia que os vereadores, ainda durante o período de campanha, entregassem cartas de renúncia do mandato para ele.

De posse das cartas de renúncia, Leto Viana mantinha o vereador sob seus interesses e caso o vereador discordasse de suas posições, o prefeito protocolaria a carta de renúncia e o vereador perderia o mandato. A Polícia Federal investiga ainda a suspetia da compra do primeiro mandato de Leto Viana, quando tinha sido eleito como vice-prefeito na chapa com Luceninha (MDB).

FONTE:G1PB

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