Durante entrevista concedida na manhã desta terça-feira, 22, na Câmara Municipal de Campina Grande, a vereadora Ivonete Ludgério falou com emoção sobre a morte do Papa, manifestando admiração por sua trajetória e por aquilo que considerou um legado de humildade, paz e coerência com os valores cristãos.
Visivelmente comovida, Ivonete revelou que a notícia da morte do líder religioso lhe causou uma tristeza profunda. “Desde ontem que eu tô triste, com aquele sentimento de angústia, como se tivesse morrido alguém da minha vida, alguém da minha família que eu tivesse que ir pro velório”, disse.
Ela destacou que, mesmo diante da morte, o Papa manteve a preocupação com o mundo, especialmente com as vítimas da guerra. “Na hora da morte, ele ainda tava pensando em quem ia ficar… só pode ser um homem santo”, declarou, ao lembrar os últimos pedidos do pontífice pela paz em Gaza.
Ivonete também comentou sobre as posturas do Papa em relação a temas sensíveis, como o aborto e o casamento entre pessoas do mesmo sexo. “Eu concordo com ele em vários aspectos. Sou contra o aborto, em qualquer circunstância. E também sou contra o casamento religioso entre dois homens ou duas mulheres. Não sou homofóbica, como ele também não era. Só acredito que o casamento religioso deve seguir o que está na Bíblia”, explicou a vereadora.
Ela pontuou ainda que respeita as uniões civis entre pessoas do mesmo sexo, mas defende que igrejas não sejam obrigadas a contrariar seus princípios. “Cada um garante seus direitos com a união estável, feita em cartório. Mas não precisa forçar as religiões a abençoarem aquilo que vai contra a doutrina delas”, afirmou.
A vereadora também destacou a simplicidade e o carisma do Papa, sobretudo em sua relação com os jovens e com o povo brasileiro. “Ele era brincalhão, gostava da juventude. Dizia que os brasileiros tomavam muita cachaça. Era um homem sem distinção. Não fazia diferença entre pobre e rico. Isso, pra mim, é o mais importante.”
Por fim, Ivonete Ludgério disse esperar que o próximo Papa mantenha a linha de abertura e proximidade com os fiéis. “Espero que o sucessor dele continue com essa abertura, porque ele aumentou o número de fiéis, aproximou a juventude da igreja e mostrou que é possível acolher sem abandonar os princípios.”
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