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A situação das famílias que ocupam uma área no bairro Araxá voltou a ser discutida na Câmara Municipal de Campina Grande nesta quinta-feira (02/10). Com a reativação da antiga linha férrea para a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), os moradores que vivem no local há mais de dez anos deverão desocupar suas habitações e estão sendo notificados para sair de suas casas.

O vereador Anderson Pila tem cobrado frequentemente da prefeitura medidas que garantam segurança habitacional aos moradores afetados pela obra. E em sua ação de gabinete itinerante, pôde ouvir, in loco, a situação de cada uma dessas famílias.

“Essas famílias não estão no local por escolha própria, mas em razão das condições impostas pelo próprio poder público, que as empurraram para a margem da sociedade. Ninguém quer viver em estado de vulnerabilidade social, inclusive sem água e saneamento básico. Mas o que não existe é, em nome de um avanço, sair atropelando as pessoas sem dar o mínimo de condição para que elas tenham um teto pra dormir. Cadê a responsabilidade?”

O debate sobre a permanência e o destino das famílias já vem sendo levantado há meses pelo vereador, que insiste na necessidade de um plano de realocação antes do avanço das obras do VLT.

A expectativa agora é que a gestão municipal apresente um plano de ação que concilie o avanço da obra com a garantia de moradia digna às famílias. Até lá, permanece a incerteza sobre o futuro de quem construiu sua vida no local e teme ser deixado de lado em nome do desenvolvimento urbano.

Para Pila, não há desenvolvimento verdadeiro quando parte da população é deixada para trás. O parlamentar reforçou que continuará cobrando medidas concretas para que o VLT avance sem transformar o projeto em um problema social.

“Entre trilhos esquecidos existem histórias de famílias, histórias de vida, que não podem ser atropeladas em nome do crescimento da cidade”, afirmou Pila durante a sessão.

Assessoria de Imprensa

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