Os dados de duas operações relacionadas à Lava Jato do Rio foram utilizados em uma apuração preliminar da Polícia Federal que resultou no pedido de inquérito contra o ministro Dias Toffoli. Segundo o jornal Folha de São Paulo, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin autorizou a PF a buscar provas.
Fachin aceitou o argumento da PF de que o acordo de colaboração do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (MDB) tem uma cláusula que prevê o uso de informações coletadas nas operações Calicute, que prendeu o ex-governador, em 2016, e Boca de Lobo, que prendeu seu sucessor, Luiz Fernando Pezão, em 2018.
Segundo o jornal, as informações serviram para embasar o relatório em que a PF diz que é preciso apurar suposto crime de corrupção de Toffoli em venda de decisões judiciais.
Antes da permissão de Fachin, o juiz Abel Gomes, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, negou o compartilhamento por envolver pessoas com foro. O procurador-geral da República, Augusto Aras, se manifestou contra porque a PF não indicou quem eram os investigados.
Na 6ª feira (14.mai.2021), Fachin havia negado o pedido da PF para investigar Dias Toffoli.
Porém, o ministro do STF rejeitou a manifestação contrária da PGR durante a apuração preliminar e liberou o uso do material no âmbito do acordo de Cabral.
O inquérito investiga suposto recebimento de R$ 4 milhões em troca de favorecimento em processos sobre 2 prefeitos do Estado do Rio de Janeiro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Toffoli atuou na Corte eleitoral de 2012 a 2016.
Poder 360