O deputado também fez ataques a 2 ministros do governo: Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Damares Alves (Mulher, Cidadania e Direitos Humanos).
Sobre o chefe do Itamaraty, o tucano disse que ele é muito ideológico e que não gosta deste tipo de atitude. Já sobre Damares, afirmou: “O que eu posso falar de uma senhora que durante 30 anos teve problema com o Pica Pau, problema com o Popeye e acha que o personagem do Frozen é gay?.
Por outro lado, Frota elogiou 3 membros do 1º escalão montado por Jair Bolsonaro, são eles: Tarcísio Freitas (Infraestrutura), Tereza Cristina (Agricultura) e Paulo Guedes (Economia).
SERGIO MORO E VAZA JATO
Já sobre o chefe da pasta de Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, o congressista disse que o ex-juiz federal ainda reúne condições de continuar no cargo, mas que está sobre pressão após os episódios da Vaza Jato.
Na visão de Frota, as conversas reveladas em reportagens do site The Intercept são graves e não foram saudáveis para o governo nem para o ministro. Analisou que Moro “vem perdendo força e espaço no governo” e citou a lentidão da tramitação do pacote anticrime na Câmara.
“Bolsonaro quando quer deixar o Moro mais alegre, leva no jogo do Flamengo e põe uma camisa do Flamengo nele”, disse o deputado.
NOVOS PASSOS NO PSDB
Recém-integrado ao quadro de congressistas do PSDB, Frota disse que não vai tomar posição sobre a expulsão ou não do deputado Aécio Neves (PSDB-MG). “É problema da executiva nacional do partido”, afirmou o recente tucano.
Perguntado pelo diretor de redação do Poder360, Fernando Rodrigues, se sua atuação em prol do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff não o faria ter o mesmo posicionamento na questão do ex-candidato à Presidência em 2014, Frota bateu na mesma tecla:
“Só se a nacional pedir. Senão, não faço nada”, declarou.
Outro ponto levantada por Fernando Rodrigues foi o apoio dado por frota à candidatura da ex-colega de PSL Joice Hasselmann para a prefeitura de São Paulo. Questionado se manteria esse apoio após deixar o partido do governo e transferir-se para o PSDB, Frota disse que não. Afirmou que seu apoio agora irá para Bruno Covas, atual mandatário do Executivo paulistano.
Sobre uma hipotética saída da líder do governo no Congresso do PSL, Frota disse que não trabalharia para trazê-la para sua atual legenda, pois caberia à executiva nacional. E com carta branca dos tucanos? “Com carta branca, posso pensar em trazê-la pro PSDB“, declarou.
PT E BOLSONARO “QUASE NIVELADOS”
Frota afirmou que a eleição de Jair Bolsonaro como presidente foi uma boa saída para os anos de esquerda e de PT no poder. Segundo ele, na campanha era uma boa ideia. O ex-ator disse, no entanto, que agora mudou de opinião e que o bolsonarismo e o petismo estão “quase nivelados”.
Ao ser perguntado, se as duas correntes políticas seriam duas faces da mesma moeda, Frota recuou e afirmou que o PT ainda está “1 pouco na frente”.
POSIÇÕES COMO DEPUTADO
Perguntado sobre o posicionamento acerca do projeto de lei sobre abuso de autoridade, Frota se colocou de maneira contrária. “É complicado”, afirmou. O tucano disse que a matéria –que já foi aprovada na Câmara– é subjetiva e tira a autoridade de policiais e juízes. “Eu votaria contra”, completou.
“Pode prejudicar uma série de investigações […] Mesmo com a Vaza Jato, sou contra”, falou o deputado de 1º mandato.
Em outra questão, essa envolvendo diretamente o governo, Frota reprovou a maneira como o Executivo vem abordando as questões da cultura, que deixou de ser 1 ministério no governo Bolsonaro.
“A cultura não deveria passar por isso”, afirmou Frota.
Sobre o episódio da Ancine (Agência Nacional do Cinema), em que Bolsonaro criticou produções apoiadas pela agência, o ex-ator afirmou que essa atitude “não ajuda em nada”. Segundo ele, “Bolsonaro deveria deixar a Ancine com pessoas do mercado”.
“A Ancine é necessária para a cultura do país”, completou o tucano.