Os indígenas, então, forçaram a entrada. O confronto deixou 5 mortos, 26 feridos e 169 presos. Os dados são da Defensoria Pública da Bolívia.
Testemunhas afirmam que os policiais atiraram nas vítimas. O representante da Defensoria do Povo de Cochabamba, Nelson Cox, solicitou a abertura de investigação.
O comandante da polícia local, coronel Jaime Zurita, acusou os manifestantes de “carregarem armas, espingardas, bombas molotov, bazucas caseiras e artefatos explosivos”.
A crise no país sul-americano começou depois de resultados fraudados no 1º turno das eleições, realizadas em 20 de outubro. Desde a data, 10 pessoas já morreram. Com as mortes registradas no confronto da 6ª feira (15.nov), já são 20 mortos.
Outro grupo pró-Evo organizou atos pacíficos no centro de La Paz, capital boliviana. Os policiais tentaram dispersar os manifestantes com gás lacrimogênio. Pessoas chegaram a desmaiar.
A CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos) divulgou comunicado em que critica o “uso desproporcional da força policial e militar” na região. Disse ainda que “armas de fogo devem ser excluídas dos dispositivos utilizados para controlar protestos sociais”.
EVO REAGE
Do México, o ex-presidente boliviano se manifestou pelo Twitter. Disse que “condena e denuncia ao mundo” que o “regime de golpe de Estado” está “reprimindo” com balas das Forças Armadas e da Polícia pessoas que exigem “pacificação e substituição do Estado de Direito”.