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Um homem de 24 anos foi morto na manhã desta terça-feira (8) no bairro do Bessa, em João Pessoa, depois de ser esfaqueado e arremessado do terceiro andar de um prédio. O crime aconteceu numa pousada perto dos limites da capital paraibana com Cabedelo, na avenida Afonso Pena, que é alugada pela Prefeitura de João Pessoa para funcionar como um abrigo para pessoas em situação de vulnerabilidade social.

A vítima estava morando no local e vinha ocupando o quarto 305 com mais duas pessoas. Um de seus companheiros de quarto, Pedro Henrique Anísio da Silva, foi preso pouco depois e confessou o crime. “O cara é safado e estava roubando na área. Estava roubando pai de família. Tem que matar mesmo”, declarou Pedro no momento em que era algemado.

O suspeito disse que o homem morto tinha ameaçado ele e o irmão dele com uma faca, mas destacou que conseguiu desarmar o rival. “Com a mesma faca que ele me ameaçou eu fiz isso nele”, completou.

A briga começou por volta das 6h da manhã, mas a Polícia Militar da Paraíba não deu detalhes sobre como se deu o início do tumulto. Sabe-se apenas que o outro morador do quarto se limitou a dizer que não viu nada, porque tinha ido beber água em outro local bem no momento da confusão.

Já Pedro fugiu logo depois da briga e homicídio. Mas duas ou três horas depois acabaria preso pela polícia perto do local do crime. Ele foi levado para a Central de Polícia.

A Polícia Civil foi acionada e vai periciar a cena do crime. Caberá a ela investigar e dar novos detalhes sobre o episódio. Antes mesmo da prisão e confissão de Pedro Henrique, o delegado Canrobert Rodrigues, da Polícia Civil, já o apontava como principal suspeito de ter cometido o crime. Canrobert disse ainda que vai arrolar testemunhas para averiguar melhor o que de fato aconteceu.

Segunda prisão

Pouco tempo depois da prisão de Pedro Henrique, a Polícia Militar realizou uma segunda prisão. Isso porque o homem tinha dito que duas pessoas de fora do abrigo tinham invadido o local e realizado o crime. Mas, com a confissão, tal versão acabou desmentida.

Os policiais suspeitam que esse segundo homem sabia do crime, foi cúmplice e tentou acobertar o autor do homicídio. Ele também será levado para a Central de Polícia e vai ficar a disposição da justiça.

Por meio de nota, a Prefeitura de João Pessoa, que é responsável pelo espaço, se manifestou. Por nota, a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) lamentou o episódio e registrou que está “prestando todas as informações possíveis para ajudar a esclarecer o ocorrido”.

A nota diz ainda que a Sedes continuará a oferecer o serviço de abrigamento temporário para as pessoas em situação de rua e tratou o caso de “um fato isolado que não reproduz a índole e o estilo de vida da maioria das pessoas em situação de rua de João Pessoa”.

G1 Paraíba

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