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Os dois homens presos em João Pessoa nesta quarta-feira (6) em decorrência da “Operação 5764”, da Controladoria Geral da União, foram encaminhados à tarde para o presídio Flósculo da Nóbrega, o Roger. Jaciel Franklin e Marcelo Eleutério de Melo passaram por audiência de custódia por volta do meio-dia e tiveram as suas prisões mantidas. Pouco depois, foram levados para o presídio.

Jaciel é o presidente da União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária na Paraíba (Unicafes-PB) e Marcelo é ex-gerente executivo das Casas de Economia Solidária. Eles são suspeitos de participação num esquema de corrupção que estaria desviando recursos destinados à alimentação de famílias carentes e à compra de merenda escolar e de alimentação para unidades hospitalares e de saúde.

Operação 5764 investiga fraudes na compra de alimentos — Foto: Antônio Vieira/TV Cabo Branco

Operação 5764 investiga fraudes na compra de alimentos — Foto: Antônio Vieira/TV Cabo Branco

A operação foi desencadeada nas primeiras horas desta quarta-feira (6). Além dos dois mandados de prisão, foram cumpridos ainda nove mandados de busca e apreensão.

O nome da operação, “5764”, faz referência à lei que definiu a política nacional de cooperativismo. As investigações apuram irregularidades na compra de alimentos por contratos firmados entre cooperativas, Governo da Paraíba e prefeituras municipais paraibanas.

As investigações se concentram a princípio a uma dispensa de licitação de R$ 754 mil, em que ao menos R$ 123 mil corresponderiam, conforme os investigadores, a danos ao erário. Mas, ao todo, os valores contratados com o poder público superariam a casa dos R$ 70 milhões. Segundo a CGU, toda a dimensão da “estrutura corrupta” ainda é indefinida.

Na sede da cooperativa investigada, foram encontrados mais de 10 toneladas de alimentos estragados, que acabaram apreendidos pela Vigilância Sanitária de João Pessoa.

Alimentos estragados estavam dentro de galpões na sede da cooperativa — Foto: Divulgação/Vigilância Sanitária de João Pessoa

Alimentos estragados estavam dentro de galpões na sede da cooperativa — Foto: Divulgação/Vigilância Sanitária de João Pessoa

O que dizem os envolvidos

 

A defesa de Jaciel Franklin informou que todo o procedimento licitatório ocorreu dentro da normalidade, pelo menos até o momento da entrega dos produtos. “Se depois houve irregularidade, não cabe a ele”, informou o advogado Mozart de Lucena. De acordo com a defesa, Jaciel Franklin está à disposição para cooperar com as investigações.

Em nota enviada à imprensa por volta das 12h, a família de Marcelo Eleutério informou que aguardava o advogado falar algo pois não tinha ciência do que está acontecendo. O advogado ficou de enviar nota à imprensa até o fim da tarde.

O Governo da Paraíba também prometeu se manifestar por meio de nota, mas isso não aconteceu ainda.

Informações do g1pb

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