Os acidentes de trânsito têm deixado cada vez mais pessoas sequeladas ou mortas no Brasil. A motocicleta é um dos principais vilões na estatística, mas aliado a ela está a combinação fatal de direção e álcool, além do descumprimento de outras regras de trânsito.
Apesar das campanhas de conscientização realizadas pelo governo, os hospitais do país recebem, a cada dia, inúmeras vítimas traumatizadas em acidentes.
No mundo, estima-se que 1,3 milhão pessoas morrem, anualmente, em decorrência de acidentes de trânsito. Em 2017, no Brasil, foram registradas mais de 60 mil mortes e, na Paraíba, entre os anos de 2014 e 2016, mais de 3 mil pessoas morreram devido a isso.
No sentido de conscientizar para o uso adequado de equipamentos de segurança, de obedecer às leis de trânsito, do não uso de celulares enquanto dirige e do ato de beber e dirigir, é que está sendo realizado, nesta quinta-feira, 22, no Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, o seminário: Memórias do Trauma de Campina Grande. O evento homenageia as vítimas fatais do trânsito.
Para o diretor-geral do Trauma e um dos palestrantes, Geraldo Medeiros, os números assustam e são considerados epidemias no país.
– Vamos mostrar essas estatísticas do mundo inteiro. Há 20 dias atrás estivemos no Congresso Mundial de Trauma, no Egito, realizando palestras sobre traumas cardiotorácicos. O Brasil, hoje, é tido como o país em que os cirurgiões de trauma têm as maiores experiências do mundo. Eles se deparam com fraturas cada vez mais complexas em decorrência de acidente de moto, além da utilização de próteses caras devido à magnitude dessas fraturas – disse.
Além das palestras, o seminário vai apresentar testemunhos de sobreviventes que ficaram sequelados, devido à gravidade dos acidentes em que se envolveram, com o intuito de alertar a população.
O evento acontece no auditório do hospital e está aberto para quem quiser participar.
Fonte: ParaibaOnline