Na sessão desta quarta-feira (01), na Câmara Municipal de Campina Grande, a vereadora Jô Oliveira (PCdoB) chamou atenção para a discrepância na projeção orçamentária da Prefeitura para o exercício de 2026, especialmente na área da Saúde.
Segundo a parlamentar, o valor destinado à política de saúde em 2025 foi de R$ 607,6 milhões, e a proposta para 2026 aponta apenas R$ 625,4 milhões, um crescimento de pouco mais de R$ 17 milhões.
“Esse aumento não corresponde sequer à realidade que temos acompanhado. Só em uma única votação recente, esta Casa aprovou uma suplementação para a saúde maior do que o crescimento que está sendo projetado para todo o ano de 2026. Isso prova a insuficiência dessa previsão”, destacou Jô.
A vereadora lembrou que a saúde tem sido o principal gargalo da gestão do grupo Cunha Lima desde 2021 e que a peça orçamentária enviada pela Prefeitura “não responde às necessidades reais da população de Campina Grande”.
Ao comparar com a educação, Jô mostrou a desigualdade da projeção: enquanto a área terá um crescimento de R$ 102 milhões em 2026, a saúde receberá apenas R$ 17 milhões a mais.
“Não é admissível que uma área tão sensível e com tantos problemas, como a saúde, tenha um crescimento tão pequeno. Nós já sabemos que esse valor será insuficiente. Estamos correndo o risco de brincar de votar orçamentos que não dão conta da cidade”, completou.
Jô ainda reforçou a importância de cobrar o respeito às emendas impositivas, previstas na Lei Orgânica do Município, mas ignoradas novamente pela Prefeitura na elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA) e do Plano Plurianual (PPA).
Assessoria de Imprensa