Seriam mantidas três disciplinas básicas e as outras matérias seriam escolhidas pelos próprios alunos, de acordo com o interesse deles em alguma área do conhecimento.
Em meio aos debates sobre as mudanças sugeridas na reforma do ensino médio, a maioria dos jovens da região Nordeste, com idade entre 13 e 18 anos, apóia a substituição das matérias tradicionais por profissionalizantes. A informação consta em uma pesquisa feita pelo SENAI, em 2016. A pesquisa ouviu dois mil jovens de todas as regiões do país.
A reforma mencionada prevê a flexibilização da grade curricular do ensino médio. Seriam mantidas três disciplinas básicas, no caso, língua portuguesa, língua inglesa e matemática. As outras matérias seriam escolhidas pelos próprios alunos, de acordo com o interesse deles em alguma área do conhecimento.
Esse novo método, na avaliação do deputado Federal pelo PDT paraibano, Damião Feliciano, contribui para uma boa formação profissional dos estudantes, o que facilitaria o ingresso deles no mercado de trabalho.
“A reforma do ensino médio que está sendo colocada aqui no Brasil, é importante também porque ela não só toca na questão do ensino médio, com ela também tem possibilidade de poder aprimorar ou colocar, do ponto de vista regional, aquilo o que o jovem quer. Se ele tiver vocação para agricultura, ele pode tirar algumas cadeiras que são hoje da base curricular e transformar em uma que seja da conveniência dele.”
Para o Coordenador-Geral de Ensino Médio, do Ministério da Educação, Wisley Pereira, a eficiência no ensino técnico-profissional vai ser maior se isso já for oferecido para os brasileiros no período escolar.
“Ter outras opções dentro das possibilidades do ensino médio, como o ensino técnico e profissional, é tentar também atender o projeto de vida dos estudantes. Mas isso caberá ao sistema de ensino a produzir um ensino técnico e profissional já na matriz do próprio ensino médio.”
Dos estudantes de todo o país ouvidos na pesquisa, 51% têm a intenção de fazer um curso técnico. A maioria deles também se mostra satisfeita com a possibilidade poder escolher as matérias que vão cursar.
De Brasília, Marquezan Araújo
Fonte: Agência do Rádio