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Uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal do Alagoas (Ufal) anunciou esta quarta-feira a identificação de uma mancha de óleo de 55 quilômetros de extensão e 6 quilômetros de largura, a cerca de 57 quilômetros do município de Prado, no Sul da Bahia.

A mancha foi vista na última segunda-feira, por volta de meio-dia, com dados obtidos com o satélite europeu Sentinel. Coordenador do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélite (Lapis), Humberto Barbosa avalia que uma das principais vantagens do estudo foi detectar uma área contínua de óleo de dimensão tão significativa.

— É como colocar uma grande peça em conexão com um quebra-cabeças. Pela primeira vez foi possível avaliar um padrão espacial — comparou Barbosa. — É possível levantar a hipótese de que esta poluição tenha sido causada por um vazamento em minas de petróleo ou, por sua localização, até mesmo em região de pré-sal.

Procurada pelo GLOBO, a Petrobras afirmou que “os biomarcadores das amostras de óleo recolhidas no Nordeste não possuem características compatíveis com os óleos provenientes de reservas do pré-sal”. A companhia destacou que não produz nem comercializa a substância que atingiu o litoral de nove estados do país.

Em defesa de sua pesquisa, Barbosa assinalou ter descartado efeitos naturais que poderiam alterar o comportamento padrão da superfície do mar na região, como abalos sísmiscos e topografia do oceano.

A Marinha , no entanto, negou que a mancha fosse óleo. Segundo o Grupo de Avaliação e Acompanhamento do problema das manchas de óleo no Nordeste, são necessários fazer análises: uma consulta a especialistas da Federação Internacional de Poluição por Petroleiros, o monitoramento aéreo e por navios na região, além das imagens de satélite.

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