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Presidente do Tribunal de Justiça de Goiás e prefeito de Aparecida de Goiânia também participaram da reunião

Após três rebeliões em menos de uma semana no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, a presidente do Conselho Nacional de Justiça e do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, se reuniu nesta segunda (8) com o governador de Goiás, Marconi Perillo.

O encontro, que ocorreu na capital goiana, foi marcado para discutir a crise no sistema carcerário do estado. Também participaram da reunião o desembargador Gilberto Marques Filho, presidente do Tribunal de Justiça de Goiás, e o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha.

Antes do início formal da reunião de trabalho, a ministra, o presidente da corte estadual e o governador conversaram por cerca de 40 minutos a portas fechadas, no gabinete da presidência do TJ de Goiás. Entre outros assuntos, Perillo reclamou da presença de presos federais nas penitenciárias do estado.

Cármen Lúcia também recebeu da Defensoria Pública um abaixo-assinado escrito à mão e assinado por mais de mil presos. No documento, os detentos pedem mais flexibilidade do Judiciário na análise da progressão de seus regimes de cumprimento de pena. Entre outros problemas, os presos também relataram constantes cortes de água e luz, além de superlotação.

O Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia possui cinco penitenciárias, entre unidades de regime fechado, semiaberto e de detenção provisória. A capacidade total é de 2.100 presos, mas, segundo dados do CNJ, o complexo abriga mais de 5.800 detentos.

No fim de semana, a Justiça Federal acatou um pedido feito em ação civil pública pela seção goiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e determinou a transferência de presos até que se chegue à capacidade prevista da unidade prisional.

O governo de Goiás disse que cumprirá “imediatamente” a decisão, tão logo o Ministério da Justiça indique as unidades federais que podem acolher os presos de maior periculosidade.

Reportagem, Tácido Rodrigues

Fonte: Agência Brasil

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