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O Ministro da Embaixada de Israel no Brasil Itay Tagner estará em Campina Grande nesta segunda-feira, 6, a convite do 4º Secretário da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados Rômulo Gouveia (PSD) para uma Reunião de Trabalho e Troca de Experiências, principalmente com relação à questão Hídrica. Estão convidados o prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, prefeitos da Região, secretários de Município, os reitores das universidades públicas e das faculdades privadas e técnicos da área.
O encontro será realizado às 9 horas na sede do Instituto do Semiárido (INSA).
Gestão da água – Encravado em uma região próxima ao deserto do Saara e à península Arábica, Israel consome 2,1 trilhões de litros de água ao ano –o Estado de São Paulo consome 4,5 trilhões por ano. Mas os recursos naturais de Israel só garantem por ano, hoje, 0,75 trilhão de litros cúbicos de água. Assim, é estranha a afirmação de Avner Adin, professor da Universidade Hebraica de Jerusalém, que disse em entrevista à Folha: “Em Israel, hoje nós temos bastante água”.
Isso porque o país, nas últimas décadas, investiu em tecnologias. Como resultado, Israel recicla 80% de seu esgoto e dessaliniza o suficiente para garantir 25% do consumo. Ninguém fica sem água.
“Aprendemos na escola que a água evapora, vira nuvem, chove e se acumula nas reservas subterrâneas. Agora temos outras fontes, como esgoto”, afirma o professor Adin, que é também fundador de uma consultoria.
A tecnologia que garante os avanços não é barata. O sucesso israelense no setor, segundo Adin, é o resultado de uma cooperação entre o governo, o setor privado e a academia.
As usinas de dessalinização são construídas e operadas pelo setor privado. Após um período, as instalações ou são entregues ao governo, ou esse contrato é renovado.
“É caro, mas os avanços e a competição entre as empresas levou à queda no preço”, diz. Se, no ano 2000, mil litros de água dessalinizada custava US$ 1,5, hoje é US$ 0,60.
A água dessalinizada ainda é mais cara do que a retirada, por exemplo, do mar da Galileia -que custa 70% do valor de sua versão sem sal.
A escassez é quem faz fluir, ali, a criatividade. “Precisamos inovar, já que não temos o bastante”, diz Adin.
Escasso, o recurso é razão de conflitos regionais. A distribuição de água é política também, no atrito entre Israel e a Autoridade Nacional Palestina. Parte das reservas israelenses nasce em países inimigos, como o Líbano.
O Brasil, onde a água parece abundante, precisa encontrar suas soluções, diz. “Precisa olhar para dentro de si e perguntar-se se o governo está investindo na indústria da água como prioridade.”
O consumo também precisa ser reduzido. Na indústria, a economia pode ser feita com a reciclagem da água, por exemplo. Na agricultura, com a irrigação por gotejamento -desenvolvida, aliás, em Israel. Nas casas, com a educação e a conscientização.
com Folha Online

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