O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) negou que o áudio de sua autoria reproduzido pelo cabo da PM Luiz Paulo Dominguetti Pereira em depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid no Senado nesta 5ª feira (1.jul.2021) tratasse da compra de vacinas contra a covid-19. Ele afirmou que a gravação faz parte de uma conversa com um representante comercial chamado Rafael Alves e registrou a troca de mensagens em cartório. Eis a íntegra.
O congressista insinuou que aliados do governo federal teriam “plantado” o depoente nas investigações, chamando-o de “cavalo de Troia”. Ele sugeriu que a suposta armação poderia ser obra do chamado “gabinete do ódio“, formado por assessores do Palácio do Planalto, com o objetivo de tirar credibilidade de suas alegações sobre supostas irregularidades no processo de compra da Covaxin pelo Ministério da Saúde.
Os registros transcritos do celular de Miranda mostram que a mensagem exposta na CPI foi enviada em setembro de 2020 a um interlocutor identificado como “Rafael Alves Luvas”. O assunto era a venda de luvas de nitrilo a uma empresa americana.
Miranda se apresenta como presidente da LX Holding Corp, que ele define como uma empresa de intermediação de relações comerciais com atuação nos Estados Unidos. Em entrevista a jornalistas, ele declarou que o negócio sobre o qual tratou com Rafael Alves, que não prosperou, tinha relação com normas sanitárias naquele país que exigiram que funcionários de restaurantes usassem luvas. A intenção era viabilizar a comercialização do acessório entre duas empresas.