REPÓRTER: Você sabia que existem doenças que acometem mais em pessoas de uma determinada população do que outras? Por exemplo, a incidência de casos de glaucoma é maior na população negra, sendo quatro vezes mais suscetíveis ao desenvolvimento da doença do que as demais pessoas. Por isso, a importância das ações desta sexta-feira (27), em razão do Dia Nacional de Mobilização Pró-Saúde da População Negra. A data tenta sensibilizar os profissionais de saúde para as necessidades específicas dessa população, além de trazer reflexões a respeito do racismo institucional e suas consequências à saúde. Com a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, o Ministério da Saúde quer elaborar mecanismos de promoção da saúde integral à essas pessoas e o enfrentamento ao racismo institucional no Sistema Único de Saúde (SUS), como explica o diretor-substituto de Apoio à Gestão Participativa e ao Controle Social (DAGEP/SGEP), Marcus Vinícius Barbosa Peixinho.
SONORA: diretor-substituto de Apoio à Gestão Participativa e ao Controle Social (DAGEP/SGEP), Marcus Vinícius Barbosa Peixinho.
“O que a gente está fazendo? Estamos fomentando a política de saúde da população negra tanto para gestores estaduais e municipais quanto para profissionais de saúde e sociedade como um todo. E a partir da portaria do quesito raça/cor, que torna obrigatório a informação da raça/cor no sistema de informações do Ministério da Saúde, a gente tenta mapear, dentro do que chamamos de doenças genéticas ou hereditárias, quais são essas mais comuns dentro da população negra. Por exemplo, a gente sabe que a anemia falciforme, diabetes mellitus e a hipertensão arterial são mais prevalentes na população negra. Em cima disso, fica mais fácil até mesmo elaborar ações mais transversais com as áreas temáticas dentro do Ministério da Saúde”.
REPÓRTER: Para ajudar a orientar os trabalhos dos profissionais, o Ministério da Saúde está com uma nova edição da ‘Política Nacional de Saúde Integral da População Negra: uma política do SUS’, que apresenta um plano de ações para o triênio 2017-2019. Além disso, estão sendo realizadas, por todo o país, oficinas e capacitações para trabalhadores da saúde relacionadas a essas políticas e às doenças mais prevalentes na população negra.
Reportagem, Janary Damacena.
Fonte: Agência do Rádio