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São 155 assassinatos por dia, o que equivalente a seis mortes por hora em cada estado, e as características das mortes se repetem: ligada ao tráfico de drogas e tendo como vítimas jovens negros pobres da periferia executados com armas de fogo.

No primeiro semestre de 2017, no Brasil, foram registrados 28,2 mil homicídios dolosos, lesões corporais seguidas de morte e latrocínios, casos de roubos seguidos de morte, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública, divulgados pelo jornal Estado de S. Paulo. O número de assassinatos no Brasil aumentou, indicando uma crise na segurança pública.

O índice é 6,79% maior do que no mesmo período do ano passado e indica que o país pode retornar à casa dos 60 mil casos anuais.

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Ativista da ONG Anistia Internacional (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

A tendência, em 2016, era de redução do número de mortes violentas. Considerando dados da Secretaria de Segurança Pública, em 2015, foram mortos violentamente e intencionalmente 58.383 brasileiros.

Em comparação com 2014 (59.086), o número de assassinatos tinha diminuído 1,2%.

São 155 assassinatos por dia, o que equivalente a seis mortes por hora em cada estado, e as características das mortes se repetem: ligada ao tráfico de drogas e tendo como vítimas jovens negros pobres da periferia executados com armas de fogo.

Em julho, Pernambuco chegou a 3.323 homicídios. O número é superior ao registrado ao longo de todo o ano em 2012 (3.321) e em 2013 (3.100).

No primeiro semestre de 2017, o Brasil teve 1,7 mil homicídios a mais do que no mesmo período em 2016 – 913 foram em Pernambuco.

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Atlas da Violência

Em junho de 2017, o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgaram o estudo “Atlas da Violência“, analisando dados sobre homicídios no Brasil entre 2005 e 2015. A conclusão é de que homens jovens continuam são as principais vítimas (92%).

Em Alagoas e Sergipe a taxa de homicídios de homens jovens atingiu, respectivamente, 233 e 230,4 mortes por 100 mil homens jovens em 2015.

A cada 100 pessoas assassinadas no Brasil, 71 são negras. De acordo com informações do Atlas, os negros possuem chances 23,5% maiores de serem assassinados.

Na ocasião, o Ipea chegou a comparar os dados da violência no Brasil e no mundo e concluiu que todos os atentados terroristas do mundo nos cinco primeiros meses de 2017 não superam a quantidade de homicídios registrada no país em três semanas de 2015.

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