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Especialistas defendem idade mínima para aposentadoria antes que previdência entre em colapso
Em 2016, o Brasil tinha 206 milhões de habitantes. Em 2017, o país somou um milhão e setecentas mil pessoas a mais do que no ano passado. Na Paraíba, por exemplo, o número de pessoas passou, de um ano para o outro, de quatro milhões para quatro milhões e vinte e cinco mil, e a expectativa de vida no estado subiu para 72 anos e meio. Mas mesmo com essa alta, o crescimento populacional vem desacelerando, segundo o IBGE. A taxa de natalidade está caindo e em poucos anos e, de acordo com dados do Instituto, o número de idosos vai ultrapassar o de crianças até 14 anos.

Hoje, para cada 100 pessoas consideradas economicamente ativas existem 21 idosos aposentados. Em 2060, a previsão é de que esse número seja de 63 idosos para cada 100 pessoas na ativa. O pesquisador do Centro de Crescimento Econômico da FGV, Fernando de Holanda Filho avisa que, com esse cenário, o sistema previdenciário pode entrar em colapso.

“O envelhecimento da população brasileira vai ser muito rápido e muito profundo. Assumindo que existe uma proporção entre os benefícios de aposentadoria e o percentual da população e a quantidade de pessoas acima de 65 anos, isso torna tal sistema insustentável. Então, a introdução de uma idade mínima [para aposentadoria] é fundamental.”

Atualmente, não existe idade mínima para aposentadoria. De acordo com a proposta de reforma da Previdência, que está em discussão no Congresso, a idade passaria a ser de 62 para as mulheres e 65 para os homens. O economista César Bergo defende a ideia.

“A idade mínima colocaria alguma ordem nas prioridades da própria previdência.”

Na Paraíba, o déficit da previdência em 2015, segundo informações do Ipea, ficou próximo dos 13% da receita corrente líquida. Isso quer dizer que 13% dos recursos do estado foram destinados para pagar aposentados e pensionistas. Para se ter ideia, em 2006 o índice era menor que 6,5%.

Reportagem, Jalila Arabi.
Fonte: Agência do Rádio

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