Uma operação que investiga uma organização criminosa responsável por um esquema de comercialização de celulares, na Penitenciária de Segurança Máxima Romeu Gonçalves Abrantes, o PB1, aconteceu na manhã desta quarta-feira (19), em João Pessoa. Conforme as investigações, agentes penitenciários são investigados por envolvimento na comercialização de celulares para os detentos, cujos preços variavam de R$ 15 mil a R$ 50 mil, dependendo do modelo dos aparelhos.
O presídio é o mesmo onde aconteceu a fuga de 92 presos no último dia 10. Na ação, que recebeu o nome de operação Black Friday, uma pessoa foi autuada e quatro foram presas em flagrante, entre elas, dois agentes penitenciários.
Todas as informações foram repassadas durante uma entrevista coletiva realizada, na tarde desta quarta-feira, pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estado da Paraíba (MPPB), pela Delegacia Especializada no Combate ao Crime Organizado (Decoor), pela Gerência de Inteligência e Segurança Orgânica da Secretária de Administração Penitenciária (Gisop).
De acordo com o MPPB, após a explosão no PB1, para resgatar apenados que cumpriam pena na unidade de segurança máxima, os órgãos de segurança e inteligência constituíram uma força-tarefa para identificar as vulnerabilidades da unidade prisional e tentar compreender melhor o que havia acontecido.