Pacientes e funcionários do Instituto de Saúde Elpídio de Almeida, a maternidade do Isea, em Campina Grande, têm reclamado da superlotação na unidade de saúde e das condições as quais são submetidas em função desse problema. Entre os relatos mais frequentes estão a falta de acomodação e assistência médica. Conforme a direção da maternidade, a unidade está atualmente com uma ocupação de 120%.
De acordo com as denúncias dos pacientes e funcionários, cenas de mulheres em trabalho de parto sentadas no chão e em macas nos corredores são vistas com frequência no Isea. Eles relatam ainda que faltam médicos e assistência para bebês. Uma foto de uma mulher dormindo nos corredores da maternidade foi enviada à redação da TV Paraíba.
Sobre a superlotação no hospital, o diretor do Isea, Antônio Henriques, pontuou que o problema ocorre pelo fato do Isea ser a maternidade de referência no interior da Paraíba.
“Temos passado por um problema de superlotação em decorrência da falta de maternidades no interior do estado. O Isea acaba recebendo pacientes de todo o interior e isso sobrecarrega o nosso serviço, uma vez que somos a única maternidade pública de referência no interior do estado, especialmente para casos de alto risco”, explicou.
Com relação às denúncias da falta de médicos e assistência aos bebês, o diretor do hospital disse que essas informações não procedem. “Nós temos aqui médicos de plantão diuturnamente. São seis no plantão diurno e quatro no plantão noturno, além dos pediatras e anestesistas, então essa é uma denúncia que não procede”, enfatizou.
Já com relação à foto enviada à redação da TV Paraíba, o diretor explicou que foi um caso específico. “Houve uma paciente que preferiu trazer um colchonete do que ficar na poltrona, por opção dela”, esclareceu Antônio Henriques, acrescentando que isso se dá em virtude da ocupação de 120% dos leitos da unidade e lamentando que as pessoas precisem ser submetidas a essas circunstâncias. “A gente não pode voltar as pacientes. A gente tem que atender”, concluiu.
Fonte: g1pb