Fonte: Pbagora
Mesmo sendo integrante da base governista, o vereador Pimentel Filho (PSD) criticou duramente as mudanças implementadas no trânsito da avenida Manoel Tavares, área central de Campina Grande. Foi durante audiência pública na CMCG. Para ele, a mudança “criou problema para o comércio, para o povo e está criando acidentes”. “Tem que escutar a gente, não pode ser da maneira que estão fazendo”, lamentou.
Para surpresa dos presentes, o referido edil fez uma ressalva: “Justiça seja feita: o superintendente (da STTP) Felix Neto concorda com o que eu estou dizendo”. Pimentel aludiu à condução do Plano de Mobilidade da cidade: “Fica fazendo coisa do pensamento que não existe… Vamos colocar esse (projeto) e botar o pé no chão”.
Ele sugeriu uma legislação que trave a implantação do citado plano: “Acho que temos que fazer uma lei para quando for fazer essas mudanças, principalmente de trânsito, teria que ser conversado com o povo”.
Em uma crítica direcionada ao prefeito Romero Rodrigue (PSDB), o vereador bradou e disse que “os aliados não são escutados”. “Fica difícil! Ou a gente se mantem nesse clima e nesse caminho, ou isso aqui (Câmara) não adianta mais. Ninguém escuta mais, ninguém ouve mais”, desabafou.
Pimentel Filho também mirou um grupo de assessores da PMCG, a quem chamou de “grupozinho”. “Não pode um grupozinho achar que pode pensar pelos secretários, pelo prefeito e pela Câmara”.
As declarações de Pimental foram rebatidas pelo secretário André Agra. Ele entendeu – ao que parece – ter sido inserido no ´grupozinho´ detonado pelo vereador. “Eu estou só imaginando agora quando a gente começar a implementar o plano estratégico 2035… A gente vai mexer em paradigmas e culturas antigas que precisam se render à necessidade de uma cidade mais igualitária, e que tenha um crescimento sustentável a partir de uma diminuição da desigualdade”, discorreu.
Ainda mais incisivo, Agra acentuou que “se todo príncipe ou princesinha de Campina Grande se afetar porque terá que andar um pouquinho mais ou parar um pouquinho mais no sinal, a gente infelizmente vai entrar um processo de involução”.

