No mês passado, a Anvisa autorizou a Pfizer a realizar um estudo clínico no Brasil sobre a efetividade da aplicação de uma dose de reforço da vacina anticovid. No país, o imunizante é aplicado em duas doses, com um intervalo de 90 dias entre elas. A 3ª dose seria aplicada 6 meses depois da 2ª para aumentar a proteção, sobretudo para conter o avanço de novas variantes.
No momento, são aplicadas no Brasil as vacinas AstraZeneca, Pfizer, CoronaVac e Janssen. Só a última é de dose única, as demais precisam de duas doses. A 3ª dose ainda não foi recomendada para nenhum dos imunizantes.
Sobre a possibilidade da combinação de vacinas de diferentes laboratórios, o presidente da Anvisa reforçou a necessidade de esperar por um parecer científico. “A atividade reguladora não é a locomotiva desse processo. Ela é vagão. Vamos a reboque do desenvolvedor ou do pesquisador que nos apresentar suas conclusões, para que possamos avaliar e referendar. Estamos falando de uma interação de imunobiológicos de origens e plataformas diferentes. Vem muito da comunidade científica. No momento, estamos acompanhando algumas situações que podem no futuro ter um posicionamento nosso”, disse.
Torres citou que alguns países já tiveram que combinar vacinas de diferentes laboratórios em situações. No Brasil, por exemplo, gestantes que tomaram a 1ª dose da AstraZeneca antes de verificadas reações adversas receberam a 2ª dose da Pfizer.
Quando questionado sobre qual a melhor vacina, o presidente da Anvisa foi enfático: “A melhor é aquela que está no seu braço”. Ele ainda reforçou que medidas como uso de máscara, distanciamento social e higiene das mãos devem ser mantidas mesmo depois da vacinação.