A Polícia Federal cumpre na manhã desta terça-feira (19) um mandado de prisão temporária contra o presidente da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep), Buega Gadelha, em umaoperação que investiga um esquema de corrupção envolvendo um grupo de empresas sob o controle de uma mesma família que vem executando contratos por meio de convênios com o Ministério do Turismo e entidades do Sistema S. Além desse, também são cumpridos três mandados de busca e apreensão. A PF, por meio da Operação Fantoche, estima que o grupo já tenha recebido mais de R$ 400 milhões.
A assessoria da Fiep informou que Buega Gadelha está cumprindo agenda em Brasília e que está esperando a coletiva de imprensa para divulgar nota sobre o caso. Buega também é um dos vice-presidentes executivos da Confederação Nacional da Indústria (CNI), representando a região Nordeste.
Além de expedir o mandado de prisão contra Buega Gadelha, a Justiça também deferiu o pedido de quebra do sigilo bancário de todos os bens, direitos e valores mantidos em instituições financeiras, no período de 1º de fevereiro de 2012 até 23 de janeiro de 2019.
A Justiça também determinou a constrição dos bens imóveis que estejam registros em nome dos investigados, impedindo os cartórios de registro de imóveis de promover qualquer ato de transferências de propriedade; sequestro de embarcações; sequestro dos veículos automotores, avaliados acima de R$ 50 mil; bloqueio das contas dos investigados até o montante de R$ 400 milhões e quebra de dados dos celulares apreendidos, bem como de conversas realizadas via whatsapp.
Buega Gadelha, presidente da Fiep, é alvo de mandado de prisão — Foto: Kleide Teixeira/Jornal da Paraíba/Arquivo
Segundo a PF, o presidente Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, foi preso em São Paulo. Também foi preso o empresário Luiz Otávio Gomes Vieira da Silva, um dos donos da Aliança Comunicação.
O presidente da Federação das Indústria de Pernambuco (Fiepe), Ricardo Essinger, e outras sete pessoas também são alvos de mandados de prisão.
O nome da operação se deve a um dos festivais realizados pelo Sesi, o Bonecos do Mundo, idealizado por Lina Rosa Gomes. Ela é um dos alvos de prisão.
De acordo com a Justiça Federal, a principal empresa beneficiada com os supostos desvios é a Aliança Propaganda LTDA, atual Aliança Comunicação e Cultura, a qual teria celebrado vários contratos com o Sesi para desenvolver uma série de projetos culturais, como o Cine Sesi Cultural, o mais antigo em execução (desde 2002), o Sesi Boneco do Mundo, Na Ponta da Língua e o projeto Relix. Os quatro tiveram edições na Paraíba e foram financiados sem a realização de licitação ou procedimento preliminar de cotação de preços. A Aliança também é a empresa responsável pela realização do São João de Campina Grande.
São cumpridos ao todo 10 mandados de prisão e outros 40 de busca e apreensão, além da Paraíba, no Distrito Federal, Pernambuco, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Alagoas. Segundo a PF, são investigadas a prática de crimes contra a administração pública, fraudes licitatórias, associação criminosa e lavagem de ativos. Duas equipes da Polícia Federal estão mobilizadas em Campina Grande.

Polícia Federal faz operação contra fraudes no Ministério do Turismo e ‘Sistema S’
A operação conta com apoio do Tribunal de Contas da União (TCU). A investigação aponta que a forma de atuação do grupo costuma utilizar entidades de direito privado sem fins lucrativos para justificar os contratos e convênios diretos com o ministério e unidades do Sistema S.
A maioria dos contratos eram voltados à execução de eventos culturais e de publicidade superfaturados, com recursos desviados em favor do núcleo empresarial por meio de empresas de fachada, de acordo com a PF.
Procurado pelo G1, o Ministério do Turismo afirmou que a atual gestão determinou “uma auditoria completa em todos os convênios da pasta e cancelou convênio no valor de R$ 1 milhão antes mesmo de tomar conhecimento da investigação da Polícia Federal”. A pasta aponta, ainda, que nenhum contrato foi assinado nesta gestão e que está à disposição.
O sistema S inclui entidades como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), o Serviço Social do Comércio (Sesc), o Serviço Social da Indústria (Sesi) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio (Senac).
A 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Pernambuco ainda autorizou o sequestro e bloqueio de bens e valores dos investigados.
- CAMPINA GRANDE
A Polícia Federal cumpre na manhã desta terça-feira (19) um mandado de prisão temporária contra o presidente da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep), Buega Gadelha, em umaoperação que investiga um esquema de corrupção envolvendo um grupo de empresas sob o controle de uma mesma família que vem executando contratos por meio de convênios com o Ministério do Turismo e entidades do Sistema S. Além desse, também são cumpridos três mandados de busca e apreensão. A PF, por meio da Operação Fantoche, estima que o grupo já tenha recebido mais de R$ 400 milhões.
A assessoria da Fiep informou que Buega Gadelha está cumprindo agenda em Brasília e que está esperando a coletiva de imprensa para divulgar nota sobre o caso. Buega também é um dos vice-presidentes executivos da Confederação Nacional da Indústria (CNI), representando a região Nordeste.
Além de expedir o mandado de prisão contra Buega Gadelha, a Justiça também deferiu o pedido de quebra do sigilo bancário de todos os bens, direitos e valores mantidos em instituições financeiras, no período de 1º de fevereiro de 2012 até 23 de janeiro de 2019.
A Justiça também determinou a constrição dos bens imóveis que estejam registros em nome dos investigados, impedindo os cartórios de registro de imóveis de promover qualquer ato de transferências de propriedade; sequestro de embarcações; sequestro dos veículos automotores, avaliados acima de R$ 50 mil; bloqueio das contas dos investigados até o montante de R$ 400 milhões e quebra de dados dos celulares apreendidos, bem como de conversas realizadas via whatsapp.
Buega Gadelha, presidente da Fiep, é alvo de mandado de prisão — Foto: Kleide Teixeira/Jornal da Paraíba/Arquivo
Segundo a PF, o presidente Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, foi preso em São Paulo. Também foi preso o empresário Luiz Otávio Gomes Vieira da Silva, um dos donos da Aliança Comunicação.
O presidente da Federação das Indústria de Pernambuco (Fiepe), Ricardo Essinger, e outras sete pessoas também são alvos de mandados de prisão.
O nome da operação se deve a um dos festivais realizados pelo Sesi, o Bonecos do Mundo, idealizado por Lina Rosa Gomes. Ela é um dos alvos de prisão.
De acordo com a Justiça Federal, a principal empresa beneficiada com os supostos desvios é a Aliança Propaganda LTDA, atual Aliança Comunicação e Cultura, a qual teria celebrado vários contratos com o Sesi para desenvolver uma série de projetos culturais, como o Cine Sesi Cultural, o mais antigo em execução (desde 2002), o Sesi Boneco do Mundo, Na Ponta da Língua e o projeto Relix. Os quatro tiveram edições na Paraíba e foram financiados sem a realização de licitação ou procedimento preliminar de cotação de preços. A Aliança também é a empresa responsável pela realização do São João de Campina Grande.
São cumpridos ao todo 10 mandados de prisão e outros 40 de busca e apreensão, além da Paraíba, no Distrito Federal, Pernambuco, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Alagoas. Segundo a PF, são investigadas a prática de crimes contra a administração pública, fraudes licitatórias, associação criminosa e lavagem de ativos. Duas equipes da Polícia Federal estão mobilizadas em Campina Grande.
00:00/04:59Polícia Federal faz operação contra fraudes no Ministério do Turismo e ‘Sistema S’
A operação conta com apoio do Tribunal de Contas da União (TCU). A investigação aponta que a forma de atuação do grupo costuma utilizar entidades de direito privado sem fins lucrativos para justificar os contratos e convênios diretos com o ministério e unidades do Sistema S.
A maioria dos contratos eram voltados à execução de eventos culturais e de publicidade superfaturados, com recursos desviados em favor do núcleo empresarial por meio de empresas de fachada, de acordo com a PF.
Procurado pelo G1, o Ministério do Turismo afirmou que a atual gestão determinou “uma auditoria completa em todos os convênios da pasta e cancelou convênio no valor de R$ 1 milhão antes mesmo de tomar conhecimento da investigação da Polícia Federal”. A pasta aponta, ainda, que nenhum contrato foi assinado nesta gestão e que está à disposição.
O sistema S inclui entidades como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), o Serviço Social do Comércio (Sesc), o Serviço Social da Indústria (Sesi) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio (Senac).
A 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Pernambuco ainda autorizou o sequestro e bloqueio de bens e valores dos investigados.
- CAMPINA GRANDE
- g1p