Campina Grande foi escolhida para ser sede do primeiro laboratório de rede experimental 5G do Nordeste. O Tim 5G Living Lab, lançado nesta quinta-feira (17), foi implantado no campus I da Universidade Federal de Campina Grande, no bairro Bodocongó, em uma parceria entre as empresas de telecomunicação Tim e Nokia e o Núcleo de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Tecnologia da Informação (Virtus), da UFCG.
A ideia da ativação da rede experimental 5G no campus da UFCG é o desenvolvimento de soluções aplicadas nas áreas de software e automação. As antenas para a rede foram instaladas no campus e os estudos para soluções a partir da tecnologia serão realizados no Virtus, que faz parte da instituição, mas tem sede própria, também no bairro Bodocongó.
Conforme o Presidente do Conselho Deliberativo do Virtus/UFCG, Danilo Santos, o novo laboratório ativado na UFCG em Campina Grande vai possibilitar que os professores, estudantes e pesquisadores da instituição explorem essa tecnologia e desenvolvam soluções para serem colocadas em prática quando, de fato, o 5G for implantado em todo o Nordeste e no Brasil.
“O que a gente ganha com isso é que os alunos e pesquisadores da UFCG vão ter acesso à essa tecnologia de ponta agora, então a gente vai poder explorar isso envolvendo toda a comunidade acadêmica e, quando a tecnologia for implantada em todo o território nacional, a gente vai ser capaz de imediatamente oferecer soluções pra sociedade”, salienta Danilo Santos.
O Presidente do Conselho Deliberativo do Virtus/UFCG reitera que o laboratório 5G implantado na universidade em Campina Grande é para fase experimental da rede — Foto: Érica Ribeiro/G1
Primeiro laboratório 5G do Nordeste
O laboratório implantado no campus I da UFCG em Campina Grande, é o primeiro de rede experimental 5G do Nordeste. Segundo o diretor de Inovação da Tim Brasil, Janilson Bezerra, o novo laboratório não se limita a uma sala para as pesquisas.
“A gente resolveu criar um conceito de Living Labs, ou seja, ao invés de um laboratório que fica restrito entre quatro paredes, a gente instalou as antenas no campus universitário, que já estão ativas. E o que a gente quer com isso é criar um ecossistema de parcerias e soluções”, conta Janilson Bezerra.
Lançamento do primeiro laboratório 5G do Nordeste aconteceu nesta quinta-feira (17), na sede do Núcleo Virtus/UFCG, em Campina Grande — Foto: Érica Ribeiro/G1
Laboratório para fase experimental
O Presidente do Conselho Deliberativo do Virtus/UFCG reitera que o laboratório 5G implantado na universidade em Campina Grande é para fase experimental da rede. A expectativa é que os leilões de frequência, que vão possibilitar a comercialização da tecnologia no país, aconteçam em 2020.
“A tecnologia 5G está no laboratório aqui na UFCG por estar em fase experimental, os leilões de frequência pra essa tecnologia vão acontecer no ano que vem e será a partir desses leilões que as operadoras vão começar a implantar essa rede em todo o Brasil. Então a gente tá podendo explorar e ter acesso à essa tecnologia antes dela ser implantada comercialmente”, enfatiza Danilo Santos.
“Campina Grande é uma cidade com histórico de inovação, com muita capacidade e mão de obra qualificada. O Virtus e a UFCG são reconhecidos pela inovação e, sendo referência neste setor, escolhemos o campus para a ativação dessa tecnologia de ponta”, diz o representante da Nokia, Renato Bueno.
O Gerente de Marketing para a América Latina da Nokia, Renato Bueno, diz que o ponto de partida para a comercialização do 5G no Brasil é a licitação, que deve acontecer no terceiro trimestre do ano que vem pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Renato Bueno destaca que, através da parceria o laboratório Virtus/UFCG já apresentou duas aplicações inéditas da tecnologia 5G na América Latina. “Além de conectarmos uma retroescavadeira ao 5G, nós demonstramos aqui um drone sobrevoando a área por meio dessa tecnologia e transmitindo as imagens ao vivo em 4K. É a primeira vez que essas aplicações acontecem na América Latina, então o 5G vai habilitar, num futuro muito próximo, máquinas teleoperadoras, autônomas e muito mais”.
Demonstração contou com drone sobrevoando a área da UFCG por meio da tecnologia 5G e transmitindo as imagens ao vivo em 4K — Foto: Érica Ribeiro/G1
Aplicações a partir da tecnologia 5G
Para que toda a comunidade acadêmica tivesse acesso ao que representa o projeto na universidade, o lançamento do laboratório se deu com demonstrações de aplicações a partir da tecnologia 5G. Uma tenda foi montada no campus da UFCG em Campina Grande e no espaço os alunos e pesquisadores tiveram o primeiro contato com a nova tecnologia aplicada nos segmentos de saúde, educação, construção civil e indústria.
“Para mostrar a toda comunidade acadêmica o potencial da tecnologia, nessa parceria com a Nokia e a Tim, a gente montou essa grande tenda de demonstrações de aplicações em 5G que a gente já desenvolveu aqui na UFCG. A ideia foi mostrar isso também pros parceiros que vão explorar essa nova tecnologia mais na frente. Então esse lançamento aberto ao público foi pros alunos e pesquisadores verem a potencialidade da tecnologia 5G”, explica o representante do Virtus/UFCG, Danilo Santos.
Uma das demonstrações feitas no lançamento do laboratório foi a aplicação da tecnologia 5G na Construção Civil. Os pesquisadores e estudantes puderam ter um primeiro contato com um modelo de retroescavadeira com comando à distância, que ainda será lançado no mercado. A retroescavadeira apresentada possui tecnologia que permite que todos os comandos da máquina sejam feitos por um tablet, através da rede 5G.
“Quando a gente fala de coisas autônomas, que não precisarão de computação na nuvem e que precisam de tempos de respostas mínimos pra poder interagir, Campina Grande está à frente, então a gente espera que, com essa aproximação, as soluções, produtos e técnicas que forem desenvolvidas aqui na cidade virem referencias pra todo processo de industrialização no Brasil”, afirma Danilo Santos.
Uma das demonstrações feitas no lançamento do laboratório na UFCG foi a aplicação da tecnologia 5G na Construção Civil — Foto: Érica Ribeiro/G1
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