Rádio O Dia PB

Compartilhe as últimas notícias do Brasil!

O Brasil viu com tristeza as mortes de Jéssica Cânedo (22 anos) e do youtuber PC Siqueira (37 anos), fato que exemplificou o poder de influência da internet na vida das pessoas. Ambos os casos tiveram como estopim um “linchamento virtual”, fruto de informações não-comprovadas que acabaram afetando negativamente o psicológico deles.

De acordo com o psicólogo Max Lira, mestre em Psicologia da Saúde e docente do UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Campina Grande, o aumento de pessoas com acesso à internet tem gerado, também, uma procura maior nos consultórios psicológicos. “A psicologia sugere que a exposição excessiva da vida pessoal nas redes sociais pode aumentar a vulnerabilidade emocional, causando pressão, críticas e até mesmo cyberbullying, afetando a saúde mental”, alerta.  

Fazendo um apanhado histórico, Lira pontua que o linchamento verbal, com o intuito de manchar a vida de uma pessoa, sempre existiu. No entanto, essa prática se aumentou com a popularização das redes sociais. “As redes sociais potencializaram o julgamento. Na verdade, a pessoa já é sentenciada de uma suposta culpa (que em muitos casos não possuem). Se no Direito ocorre a presunção de inocência, nas redes sociais ocorre a presunção da culpa, um paradoxo que desregula a ordem natural das coisas”, explica.

Max ainda pontua que é preciso saber diferenciar a vida real do virtual e que, por vezes, as redes sociais se tornam uma espécie de “palco” onde vários personagens (os influenciadores digitais) apresentam uma falsa realidade e criam uma suposta fantasia da vida perfeita. “Com isso, podem surgir sentimentos de comparações injustas e de inadequação da sua própria vida. Isso ocorre por causa de uma glamourização sofisticada da fantasia exposta das redes sociais”, explica.

“Não existe vida perfeita, o exemplo disso é uma foto quando postada por uma celebridade que é altamente editada. É necessário que busquemos observar criticamente o que estamos selecionando do virtual para o real e focarmos naquilo importante para nossa vida, validando nossa autoestima e nosso eu, com falhas e imperfeições, mas, também, com conquistas e buscas por melhorias diárias”, completa o psicólogo Max Lira.

Assessoria

Comentários

comments