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Das 128 vagas totais disponíveis no primeiro edital do Mais Médicos, na Paraíba, 101 foram preenchidas por médicos que migraram da rede básica dos municípios, para o programa do Governo Federal. Os dados são do Conselho das Secretarias de Saúde Municipais da paraíba e mostram que 78,9% das vagas do Mais Médicos provocaram a saída de médicos das redes municipais. Segundo Soraya galdino, presidente do Conselho, o mais impacto dessa migração é que grande parte das vagas deixadas na rede básica não foram preenchidas.

A cidade da Paraíba que mais perdeu com a migração foi Juarez Távora, no Agreste paraibano, onde quatro médicos deixaram a rede básica para participar da seleção do Mais Médicos.

De acordo com Soraya Galdino, as condições ofertadas pelo programa do Governo Federal são mais atrativas do que as do município, que paga R$ 10 mil via contrato, sem previsão de férias e com carga horária de 40 horas semanais.

Segundo ela, a migração aconteceu porque o médico tem mais vantagens no programa Mais Médicos, com uma carga horária de 32 horas semanais e o recebimento de uma bolsa no valor de R$ 11,8 mil, sem pagamento de imposto, além do direito a férias. “O médico vai atrás do que é mais vantajoso e a gente não pode recriminar”, declarou.

Soraya Galdino ainda explica que cada unidade básica, para funcionar com toda equipe preconizada pelo Ministério da Saúde, gasta, em média, R$ 35 mil por cidade. No entanto, quando um dos médicos sai, “essa diferença é o município que paga”.

Outros municípios que perderam profissionais

Ao todo, 63 municípios perderam médicos da rede básica para o programa do Governo Federal. Aroeiras, Barra de Santa Rosa, Itabaiana e Uiraúna perderam, cada uma, três profissionais.

As cidades de Cajazeiras, Pombal e Belém, que tiveram mais vagas no Mais Médicos, foram três dos que menos sofreram com a migração. Cajazeiras perdeu nove médico cubanos e abriu também nove vagas no edital do Mais Médicos. No entanto, não houve nenhuma migração de profissionais da rede básica.

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