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Pesquisa DataPoder360 mostra que a rejeição ao presidente Jair Bolsonaro cresceu de 39% para 44% em 15 dias. A avaliação positiva, no entanto, se manteve estável, com variação dentro da margem de erro.

Para 28% a administração federal é ótima ou boa. Outros 23% respondem que é regular.

O infográfico a seguir mostra que o chefe do Executivo perdeu apoio com a escalada da pandemia no último mês e os impactos na economia, mas mantém cerca de ⅓ do eleitorado ao seu lado.

Desde o início do mandato de Bolsonaro, em janeiro de 2019, os eleitores se dividiram em 3 grandes grupos: 1 a favor do governo, outro contra e 1 que se move de 1 lado para o outro de acordo com o momento.

O levantamento do DataPoder360 divulgado neste sábado (30.mai.2020), entretanto, mostra uma nova movimentação. O grupo que considera Bolsonaro regular está encolhendo e parte migra para o que rejeitam o presidente. Ou seja, há cada vez mais 2 extremos quando se trata de avaliar o governo federal: a favor ou contra.

A pesquisa foi realizada de 25 a 27 de maio de 2020 pelo DataPoder360, divisão de estudos estatísticos do Poder360, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 544 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.

Conheça mais sobre a metodologia lendo este texto.

Leia o relatório completo dos resultados no Brasil (1,6 MB).

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Os que mais rejeitam o chefe de Executivo são os mais instruídos (57% entre quem tem ensino superior) e os mais ricos (68% no grupo dos que que recebem mais de 10 salários mínimos, o equivalente a R$ 11.050).

Já a parcela dos que mais aprovam a administração federal é observada entre os moradores da região Centro-Oeste (39%).

EFEITO DO AUXÍLIO EMERGENCIAL

DataPoder360 mostra que 28% dos entrevistados já receberam o auxílio de R$ 600 prometido pelo governo para enfrentar a pandemia. Outros 21% ainda aguardam o dinheiro.

Quando considera-se apenas este estrato, a rejeição ao presidente Jair Bolsonaro é de 40%. O número é menor do que a média nacional, de 44%.

Também dos que receberam ou ainda aguardam o dinheiro, 29% consideram a administração federal ótima ou boa, percentual parecido com o levantamento geral do Brasil.

Os últimos levantamentos do DataPoder360 mostraram que a aprovação de Jair Bolsonaro é levemente maior entre os beneficiários do auxílio emergencial de R$ 600 do que na população em geral e a rejeição é levemente menor.

Apesar de o pagamento do auxílio não impulsionar a popularidade do presidente, ele tem desempenhado um papel de atenuar o crescimento da rejeição –que é maior no grupo de brasileiros mais ricos.

O auxílio emergencial será distribuído em 3 parcelas de R$ 600. A 2ª parte começou a ser paga na 2ª metade de maio. Ainda há a 3ª.

Ainda não está claro qual será o efeito real no humor dos brasileiros a respeito do governo quando todos que têm direito tiverem recebido todo o dinheiro.

Está em discussão a prorrogação do benefício, mesmo que com um valor menor.

IMPEACHMENT

O levantamento do DataPoder360 também mostra que ficou estável o percentual de brasileiros que apoiam a retirada do presidente Jair Bolsonaro do cargo por suposta interferência política na Polícia Federal, como base nas declarações do ex-ministro Sergio Moro. Hoje, 36% são favoráveis à medida, ante 34% do último estudo, divulgado há 15 dias. Ou seja, nada mudou porque a variação foi dentro da margem de erro do estudo.

Os que acham que as acusações do ex-juiz não são suficientes para tirar Bolsonaro da Presidência são 47%. Há duas semanas, eram 52%.

Moro deixou o governo em 24 de abril de 2020. Foi uma reação à decisão de Bolsonaro de exonerar o então diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo. Em seu discurso de despedida, o ex-juiz acusou o presidente de tentar interferir politicamente na PF.

Bolsonaro negou as acusações e afirmou que o ex-ministro condicionou a demissão de Maurício Valeixo a uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal).

REUNIÃO DE 22 DE ABRIL

DataPoder360 ouviu os entrevistados de 25 a 27 de maio, ou seja, depois da divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril.

No arquivo, Bolsonaro fala dezenas de palavrões e os ministros Abraham Weintraub (Educação) e Damares Alves (Direitos Humanos) criticam ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).

A divulgação do vídeo, peça relevante no inquérito que investiga suposta interferência na PF, parece não ter surtido efeito para alavancar o apoio popular a 1 impeachment de Bolsonaro.

Mas mesmo com a maioria da população indicando que o material não tem força suficiente para tirar o presidente do Planalto, 55% dos que conhecem bem ou parcialmente o vídeo consideraram o comportamento do chefe do Executivo inadequado.

DATAPODER360

Leia mais sobre a pesquisa DataPoder360:

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