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Presidente da entidade, Érico Feitosa, destaca impacto negativo para a construção civil e o futuro do fundo.

 

O Sindicato da Habitação do Estado da Paraíba (Secovi-PB) se posiciona contra a recente ampliação dos saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) anunciada pelo governo federal.

Para o presidente da entidade, Érico Feitosa, a medida provisória assinada no último dia 28, que permite o saque total do FGTS, representa um sério risco para o trabalhador e para a economia do país. A medida visa injetar R$ 12 bilhões na economia, mas, segundo Feitosa, isso pode prejudicar a geração de empregos e o mercado imobiliário.

“O fundo de garantia foi criado para assegurar que, no momento da demissão, o trabalhador tenha uma reserva financeira para se manter enquanto busca uma recolocação no mercado de trabalho. Além disso, todo o dinheiro do mercado imobiliário, que movimenta programas habitacionais como o ‘Minha Casa Minha Vida’, é oriundo do FGTS”, destacou.

Feitosa também alerta para os impactos negativos no setor da construção civil, que pode enfrentar queda na oferta de imóveis e perda de empregos.

“O setor da construção civil é um dos maiores geradores de empregos no país. Estima-se que cerca de três milhões de postos de trabalho possam ser comprometidos pela diminuição dos recursos do FGTS. E com menos empregos, menos trabalhadores irão contribuir para o fundo, o que pode gerar uma redução ainda maior da disponibilidade de recursos no futuro”, explica Feitosa.

O presidente da entidade ainda critica a postura do governo e reforça que o foco da crítica não é político, mas sim em proteger a estabilidade econômica e garantir o cumprimento da função social do FGTS.

“Minha preocupação é com a sustentabilidade do fundo e a qualidade da política habitacional no país. Não se trata de uma questão partidária, mas de responsabilidade social e econômica. O que está em jogo é o futuro do trabalhador e do mercado imobiliário”, conclui.

Com esse posicionamento, o Secovi-PB reforça a necessidade de se discutir medidas que não apenas atendam à urgência econômica, mas que também preservem os mecanismos que garantem a estabilidade financeira dos trabalhadores e o crescimento sustentável do país.

Assessoria de Imprensa

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