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Decisão se o caso permanece no STF ou se volta para a primeira instância deve ser tomada pelo ministro relator, Marco Aurélio Mello

O vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux, suspendeu temporariamente as investigações que envolvem o ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz, que trabalhava no gabinete do senador eleito, Flávio Bolsonaro.

Segundo informou o jornalista Diego Escosteguy, a decisão de Luiz Fux foi baseada em um pedido de Flávio Bolsonaro. O parlamentar alegou o fato de o Ministério Público do Rio ter pedido informações sigilosas sobre ele após sua titulação como senador, o que lhe confere a prerrogativa de foro privilegiado.

Dessa forma, caberá ao relator do caso no Supremo, Marco Aurélio Mello, decidir se a investigação permanece no STF ou se volta para a primeira instância.

Queiroz é investigado por movimentar R$ 1,2 milhão em um período de um ano, o que supostamente não é compatível com os rendimentos mensais dele na época, de R$ 23 mil.

De acordo com o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), que descobriu as movimentações suspeitas, Queiroz recebeu 59 repasses em dinheiro vivo sem identificação de autoria. Ao todo, segundo o conselho, as transações totalizam R$ 216 mil.

Entre as movimentações que chamaram a atenção do COAF está um depósito de R$ 24 mil feito por Queiroz na conta de Michelle Bolsonaro, atual primeira-dama.

O conselho explica, no entanto, que as transações realizadas por Queiroz fogem do padrão esperado, mas não necessariamente significam prova de irregularidade.

Queiroz já foi chamado para depor duas vezes no Ministério Público do Rio de Janeiro, onde corria a ação até a suspensão determinada nesta quinta. O ex-assessor não apareceu nas convocações alegando problemas de saúde.

Queiroz passou por uma cirurgia no dia primeiro de janeiro para retirar um tumor no intestino. Sua mulher e filhas também foram convocadas a prestar depoimento, já que também realizaram repasses ao ex-assessor. Elas, assim como ele, não compareceram, afirmando que acompanhavam Queiroz durante o tratamento.

Também convocado para depor Flávio Bolsonaro se comprometeu a agendar uma data para dar esclarecimentos.

Reportagem, Raphael Costa

Fonte: Agência do Rádio

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