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A superlotação no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea), em Campina Grande, voltou aos holofotes, e as discussões acerca do problema têm sido debatidas entre as autoridades competentes.

De acordo com a secretária de Saúde de Campina Grande, Luzia Pinto, o Isea enfrenta um problema crônico, porque atende não só os municípios que são credenciados à maternidade, mas também outras cidades da Paraíba sem o credenciamento, além de outras de fora do Estado.

Segundo Luzia, mesmo com a implantação de mais de 50 leitos, a maternidade tem atendido cerca de 180 municípios paraibanos e 14 municípios dos estados de Pernambuco e do Rio Grande do Norte, o que corresponde ao atendimento de 32% oriundos da própria cidade e 68% a gestantes de outros lugares.

Soma-se a isso, a ausência de maternidades nos municípios paraibanos, bem como à não execução de partos de baixo risco em hospitais que são referenciados, como o Hospital de Queimadas, que deveria realizar 100 partos por mês, mas que não vem cumprindo com a cobertura e o atendimento às gestantes da 15ª Região de Saúde.

Nesta quinta-feira, 7, haverá uma reunião no Ministério Público da Paraíba para tratar do problema, bem como a transferência de recursos da obstetrícia que seriam de Campina Grande para o Hospital de Queimadas, que fez apenas 115 partos no ano de 2018.

– Hoje, o Hospital de Queimadas não tem nenhum leito obstétrico. Então, como você retira R$ 1 milhão de um município para outro sem ele ter leito obstétrico? O Hospital de Queimadas deveria fazer cerca de 100 partos de baixo risco por mês, mas fez apenas 115 partos da região no ano de 2018. E esse recurso Queimadas está recebendo todo mês. O Isea é a maternidade que mais realiza partos no Estado. João Pessoa, por exemplo, tem uma referência bem maior do que a nossa, mas, por que Campina Grande realiza um número de partos igual ao de João Pessoa? – indagou.

Luzia Pinto reforçou que irá pedir o apoio do Ministério Público para que esses partos de baixo risco sejam executados devidamente no Hospital de Queimadas, bem como para que cidades como Esperança e Alagoa Grande tenham médicos de plantão durante os finais de semana, pois o fechamento dessas unidades nos sábados e domingos tem causado uma superlotação na maternidade campinense.

– Tudo isso tem causado uma superlotação no Isea nos finais de semana. Esse mês de janeiro houve uma sobrecarga acima de 40% em relação aos últimos oito anos. Realmente, extrapolou todas as possibilidades para uma maternidade humanizada – lamentou a titular da pasta, em entrevista à uma emissora de rádio aqui da cidade.

Fonte: ParaibaOnline

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