Especialista alerta para os sintomas e para a necessidade de urgência no tratamento da condição.
Diante dos recentes acontecimentos marcantes relacionados à tragédia que se abateu sobre o Rio Grande do Sul, a questão do Transtorno do Estresse Pós-Traumático (TEPT) emerge como uma preocupação crucial.
O médico psiquiatra, Napoleão Bezerra, destaca a importância de abordar o tema de maneira sensível e urgente.
“O estresse pós-traumático é uma condição séria que pode afetar indivíduos expostos a situações traumáticas, como desastres naturais, acidentes ou eventos violentos. Com sintomas que variam desde flashbacks vívidos até ansiedade e insônia, o impacto do trauma pode ser duradouro se não for tratado adequadamente”, pontua.
Segundo o médico, é preciso ficar atento aos primeiros sintomas que surgem após o fato que desencadeou o trauma.
“Apenas identificando os sinais, é possível tomar providências de maneira mais ágil. Os sintomas iniciais geralmente são de estresse agudo, o que significa que o indivíduo pode ter desde dificuldade para dormir, até a reexperiência traumática, quando as lembranças do fato traumático aparecem recorrentemente como pensamentos intrusivos”, alerta.
O paciente com TEPT geralmente apresenta:
* Reexperiência traumática: pensamentos intrusivos e recorrentes que remetem à lembrança do trauma, geralmente pesadelos e flashbacks;
* Hipervigilância, taquicardia, sudorese, tonturas, dor de cabeça, distúrbios do sono, dificuldade de concentração e irritabilidade;
* Esquiva e isolamento social: a pessoa foge de situações, contatos e atividades que possam reavivar as lembranças dolorosas do trauma.
O psiquiatra lembra também que a condição pode se manifestar independe de idade.
“Não se deve subestimar os sintomas do transtorno em crianças e idosos depois de terem vivenciado situações traumáticas. Está é uma condição que pode acometer as mais diversas faixas etárias”, afirma.
Dr. Napoleão enfatiza que o tratamento precoce e adequado é fundamental para minimizar os efeitos do problema e promover a recuperação.
“Terapias cognitivo-comportamentais, medicamentos e apoio psicossocial são algumas das abordagens mais eficazes.
Além disso, é importante que a sociedade esteja ciente dos sinais e sintomas do estresse pós-traumático e saiba como oferecer apoio a indivíduos que sofrem com essa condição”, afirma.
O diálogo aberto e o acesso a recursos de saúde mental são passos essenciais na jornada de recuperação.
Dr Napoleão Bezerra é Médico Especialista em psiquiatria, Pós graduado em psicogeriatria, medicina do trabalho e Psiquiatria infantil.
Millena Sousa – jornalista
DRT-PB 4020
@athenaassessorias
Renata Fabrício – jornalista
DRT-PB 5334
@athenaassessorias
Fonte: ASCOM